Com dados dos EUA, grãos fecham segunda-feira em alta
Os itens negociados nas bolsas de Chicago e Nova York operaram com forte alta durante o pregão noturno de hoje e estenderam o avanço para a sessão diurna. Porém, os preços começaram a perder força e passaram a devolver os ganhos registrado no início do trabalho.
Os futuros da soja na CBOT, na abertura do pregão diurno de hoje, operavam com altas de dois dígitos e já sinalizava um dia de expressivo avanço. No entanto, os preços foram perdendo força durante a tarde e os principais vencimentos da oleaginosa fecharam o dia com leves altas, que não superaram os 5 pontos. Já o milho, no entanto, manteve o fôlego e encerrou a segunda-feira com altas de dois dígitos. O trigo chegou a operar no misto mas, no fim dos trabalhos, retornou ao lado positivo da tabela.
Alguns macromercados inverteram sua tendência de alta depois de dados muito negativos ligados ao setor industrial dos EUA - o ISM - que apresentaram um recuo e a pior leitura desde 2009. O petróleo, que pela manhã subia cerca de 3%, chegou a cair 2%. Além disso, o dólar voltou a se valorizar, evidenciando uma percepção mais aversiva ao risco do mercado.
Segundo alguns analistas, o anúncio de Obama não afasta as incertezas e não reduz as preocupações sobre os problemas pelos quais a economia americana ainda passará. "Na verdade, tudo apresentava maior tranquilidade, era pra ser um dia risk on (de maior apetite pelo risco), mas está sendo mais um dia de risk off", disse Ricardo Lorenzet, trader da BS Bios.
Fundamentos - Entre os fundamentos, as condições climáticas e das lavouras norte-americanas também foram fatores de suporte para os grãos. O clima na região do Meio-Oeste norte dos EUA voltou a preocupar e os agentes de mercado agora aguardam os novos números de acompanhamento de safra do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Conforme pesquisa ISM, os indicadores de produção e emprego viram desaceleração - o primeiro saiu de 54,5% para 52,3% entre junho e julho e o segundo, de 59,9% para 53,5%.
O ISM notou que o índice de novas encomendas ficou em 49,2%, sinalizando contração pela primeira vez desde julho de 2009, quando havia ficado em 48,9%.
Teto da dívida
Após meses de debate, parlamentares republicanos e democratas devem votar nesta segunda-feira (1º) o acordo para elevar o limite da dívida dos Estados Unidos e evitar um default [calote]. O prazo para o país elevar seu limite de endividamento termina nesta terça-feira (2).
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