INTERNACIONAL: Prêmios da soja diminuem e rally estimula vendas pelos produtores
Publicado em 23/03/2010 11:46
Os prêmios para a soja enviada para exportação nos terminais próximos a New Orleans diminuíram em relação aos mercados futuros de Chicago, enquanto os melhores preços em quase um mês estimularam um aumento nas vendas pelos produtores antes do começo do plantio nos Estados Unidos. O prêmio para as entregas deste mês foi de 46 a 50 centavos de dólar por bushel, superior em relação aos mercados futuros de maio ontem em Chicago, e inferior ao dia 19 de março, quando os prêmios valiam de 46 a 60 centavos, informou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
O preço médio da soja subiu para US$10,16 por bushel, o nível mais alto desde 24 de fevereiro. "Os agricultores estavam vendendo um pouco de soja da safra do ano passado”, disse Ron Uhe, um consultor de risco de base da Mid-Co Commodities Inc., de Illinois. "Os prêmios dos vencimentos mais próximos estão encolhendo, e isso é geralmente um sinal de desaceleração da demanda." Os preços estão 7,6% mais baixos este ano devido a especulações de que a América do Sul irá colher safras recordes. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) prevê que os produtores no Brasil e na Argentina colherão 35% a mais do que no ano passado. A colheita começou no mês passado no Brasil e este mês na Argentina.
Nos Estados Unidos, inspeções oficiais do governo apontam para um volume superior a 870 mil toneladas de soja para exportações, na semana encerrada no dia 18 de março. Essa quantia é 0,1% menor em relação a semana anterior, e 46% a mais do que no ano passado, informações divulgadas pelo USDA em um relatório ontem. Os carregamentos, desde 1º de setembro, estão 34% acima do que no mesmo período do último ano, quando uma seca danificou as safras na América do Sul.
“O mundo não ficará com pouca soja, uma vez que os estoques na América do Sul alcançam os mercados mundiais. Os prêmios norte-americanos não são justificados pela crescente produção mundial”, disse Uhe. Os Estados Unidos são os maiores exportadores do mundo da oleaginosa, seguido por Brasil e Argetina.
Tradção: Carla Mendes
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Fonte:
Bloomberg
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