Umidade elevada do solo atrapalha o plantio do algodão em MT

Em torno de 70% da área, calculada em 92 mil hectares, destinada à safra e safrinha de algodão já foram plantados no Mato Grosso. A informação é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Um atraso em relação ao mesmo período do ano passado, causado principalmente pela quantidade de chuvas, que tem deixado algumas áreas com média de até 100% de umidade no solo, como a região do Médio Norte. No Oeste e Sudeste a umidade gira entre 90 à 100%.

Contrariando as altas que vinham sendo registradas no mercado interno, de 18 à 22 de janeiro, o produto apresentou queda de 0,5% em alguns pontos, como é o caso de Sapezal e Sorriso. Em Sapezal, a arroba variou entre R$ 44,10 à R$ 44,30. Já em Sorriso a oscilação foi de R$ 44,30 à R$ 44,50.

Mesmo com a variação, a expectativa é de uma super safra no Estado. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em dezembro MT exportou 34,9 mil toneladas de pluma de algodão, 6% a mais do que no mesmo período de 2008. Só no último mês de 2009 o volume de embarques pelo porto de Santos aumentou 10% e chegou a ampliar em 29% a quantidade do produto embarcado por Paranaguá. Os dois portos são os principais pontos de escoação da produção mato-grossense.

Já em relação aos insumos usados na lavoura, a oscilação no ano de 2009 também foi grande. Em Sorriso, um fertilizante usado na adubação de cobertura, saltou de US$ 321,96 à tonelada para US$ 448,23, uma alta de 39%. Em dezembro o produto baixou 7%. O preço máximo do fertilizante foi praticado em novembro, US$ 448,23/t e o mínimo em fevereiro, US$ 236,71, o que estabelece uma variação de 69%.

No cenário internacional, a perspectiva não é animadora. Na sexta-feira (22), a Bolsa de New York registrou quedas de 1,13% nos contratos para julho de 2010, fechando em R$ 73,40/Ip. Em 15 de janeiro, os mesmos contratos haviam sido fechados em R$ 74,24/Ip. Na semana passada, a queda para negócios com vencimento em dezembro 2010 foi de 10%.