Praga no campo aumenta e afeta a produção de soja em MT
Em virtude da vinda antecipada das chuvas os problemas com nematóides, organismos microscópicos e translúcidos que estão entre os mais abundantes animais da terra, também anteciparam. A praga tem aumentado muito nos últimos anos no Estado, segundo estudos da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosmat). Até, cerca de seis anos atrás, a principal preocupação do sojicultor mato-grossense era com relação aos nematóides das galha (Meloidogyne spp) e com o nematóide de cisto da soja (Heterodera glycines). Hoje, o nematóide das lesões radiculares (Pratylenchus brachyurus) também merece atenção especial, pois está amplamente disseminado no estado e o seu manejo tem sido extremamente complicado.
No caso do nematóide de cisto da soja (NCS), o cenário também está um pouco diferente. As raças 1 e 3, antes as mais freqüentes na maioria das áreas cultivadas com soja, passaram a ser substituídas por populações do NCS mais difíceis de ser controladas pelo uso de cultivares resistentes. Atualmente, o percentual de lavouras de soja do Mato Grosso infestadas pelas raças 4, 6, 9 ou 14 do NCS já é alto.
Obrigatoriamente o controle de nematóides em culturas de escala, como a soja, deve procurar integrar vários métodos e apresentar baixo custo. A escolha da estratégia de manejo passa primeiramente por uma correta amostragem do solo, para determinar quais nematóides (espécie e raças) estão presentes na área e monitorar os níveis populacionais desses parasitas. Embora, o método de controle de nematóide mais eficiente, barato e de melhor aceitação pelos produtores, seja o uso de cultivares resistentes, muitas vezes estas não estão disponíveis e nem sempre os seus níveis de resistência são satisfatórios. Desse modo, outras estratégias de controle, como a rotação/sucessão com uma cultura não hospedeira tem que ser adotadas.
A Aprosmat oferece todo o suporte técnico para os produtores e profissionais da área. Além de possuir um laboratório para a realização teste de população de nematóides. “Oferecemos treinamento para grupos técnicos com isso o profissional fica habilitado para o reconhecimento sintomas e utilizar a metodologia de coleta de amostras de solo e raiz”, explica a coordenadora técnica do laboratório de nematologia da Aprosmat, Neucimara Ribeiro.
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