Soja: Redução forte no índice de lavouras boas/excelentes nos EUA dá fôlego para retomada das altas em Chicago
O expressivo recuo do índice de lavouras de soja classificadas como boas ou excelentes pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de 58% para 53% em uma semana, apresentado no final da tarde de ontem (5), dão espaço para novas altas na Bolsa de Chicago na manhã desta quarta-feira (6). Por volta de 7h10 (horário de Brasília), as cotações subiam de 11,50 a 12,25 pontos nos principais vencimentos, levando o novembro a US$ 13,77 e o março a US$ 13,96 por bushel.
Os números do USDA vinham sendo aguardados com bastante ansiedade pelo mercado, uma vez que as condições climáticas no Meio-Oeste americano têm se mostrado bastante desfavoráveis neste momento, com os últimos 15 dias tendo sido de calor intenso e nada de chuvas para regiões onde os campos passam pela fase de enchimento de grãos e, consequentemente, de definição de produtividade.
O mercado ainda dá bastante espaço às informações sobre a conclusão da safra 2023/24, bem como às questões logísticas. O cenário climático tem provocado uma severa baixa das águas do rio Mississippi, exigindo menos volume de grãos nas barcaças, menor fluxo e fretes mais altos, o que prejudica a competitivade dos produtos dos EUA.
"As previsões de temperaturas máximas apontam temperaturas de 21° a 35ºC para os dias 07, 08 e 09 para a região do meio-oeste dos EUA. Para o dia 10, as temperaturas máximas para o meio-oeste permanecerão entre 21° e 32°C, e para os dias 11 e 12, as máximas
estão previstas para ficarem entre 18° e 27°C", informa o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
Do mesmo modo, aos poucos a nova safra do Brasil vai ganhando mais espaço no radar dos traders. O plantio foi timidamente iniciado em Mato Grosso, onde uma autorização para que os trabalhos de campo começassem no dia 1 de setembro foi concedida, porém, a maior dos sojicultores deve dar início a nova temporada no período tradicional do fim do vazio sanitário, dia 16.
O clima por aqui é monitorado bem de perto, com os efeitos do El Niño já dando seus primeiros sinais.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
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