Com Plantio Direto, produtora de soja melhora fertilidade do solo e aumenta a produtividade em 190%
Aumentar a produção agrícola com responsabilidade e sem causar danos ambientais é um desafio que o produtor rural deve estar disposto a superar e o Sistema Plantio Direto (SPD) é uma prática aliada nessa missão.
O sistema mantém a palha e outros restos vegetais entre uma safra e outra. A semeadura é feita em solo não revolvido, ou seja, sem arar ou gradear o solo. A prática também requer a rotação de culturas, garantindo que o solo fique coberto com a palhada após o fim da colheita.
Como resultado, o sistema amplia a fertilidade e evita a perda de nutrientes do solo, auxilia no controle de pragas e plantas invasoras, além de reduzir a ocorrência de doenças.
A produtora de soja Maira Lelis e sua família foram pioneiras ao adotar o SPD na região de Guaíra, SP. Investir nesse sistema mudou o solo e a produtividade da propriedade agrícola e os números falam por si. A produção da fazenda Santa Helena foi evoluindo gradativamente, passando da média de 30 sacas para 88 sacas por hectare, alta superior a 190%.
Mix de cobertura
Produzir mais, com mais qualidade e cuidando do solo é o objetivo da família Lelis que pretende alcançar os três dígitos por saca de soja. Para o feito, a família tem investido em novos cultivares e no mix de plantas de cobertura, o que tem melhorado seus resultados na produtividade e nos custos de produção.
O mix de plantas de cobertura é uma combinação de espécies gramíneas, crucíferas e leguminosas, consideradas plantas de serviço, que podem tornar o cultivo de culturas sucessoras muito mais vantajoso.
Os benefícios que essas plantas garantem ao solo é grande. Para se ter uma ideia, neste ano, a família Lelis não vai precisar adubar alguns talhões, zerando a aplicação de potássio. “O nosso solo está com potássio elevado, descompactado, fértil e cheio de vida, as minhocas representam a vida que existe no solo! Isso nos enche de orgulho!", comemora a produtora.
Atualmente, a cooperada investe em dois tipos de mix de cobertura. O primeiro, composto por aveia preta, centeio, nabo forrageiro, crambe, trigo mourisco, milheto, crotalária e ervilha preta. O segundo, com o ciclo mais de 45 dias, contém crambe, nabo forrageiro, trigo mourisco e milheto: “O importante é potencializar o solo. A nossa produtividade vem sendo construída como a nossa casa e estamos melhorando a cada safra. Mas, é importante pontuar que é preciso estabilidade e segurança nesta produção, analisando, manejando e tomando a decisão certa”, enfatiza Maira.
Suporte que faz a diferença
O suporte técnico da Coopercitrus foi fundamental para que a família quebrasse paradigmas e investisse em novos cultivares. “Estávamos em um processo de rotação e correção do solo, com a visão de cuidar da fazenda como talhão e não como um todo, a Coopercitrus chega e nos orienta a conhecer novos cultivares. Já tínhamos uma boa produção, mas fomos convidados a sair da zona de conforto”, comenta.
Maira aceitou a orientação e testou novos cultivares, o que garantiu excelentes resultados na lavoura. “Mudamos todo o portfólio em nível de cultivares e isso se deve aos técnicos da Coopercitrus que visitaram a fazenda. Essa parceria é forte e consolidada, além de ser muito importante para nós”.
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