Soja dá início à semana com baixas de mais de 10 pontos em Chicago com forte aversão ao risco
Os futuros da soja operam com baixas de mais de 10 pontos nos principais contratos negociados na Bolsa de Chicago na manhã desta segunda-feira (24). Perto de 7h50 (horário de Brasília), as perdas variavam de 10,50 a 11,75 pontos, levando o novembro a US$ 13,83 e o maio a US$ 14,08 por bushel. Farelo e óleo também caem.
O mercado reflete, em partes, o momento de ainda muita aversão ao risco, com preocupações ainda sérias com a economia chinesa, em especial com a saída de Li Keqiang da posição de primeiro ministro, sendo ele um dos últimos que defendiam reformas.
"Todos já sabiam que Li deveria sair, mas ainda havia uma ponta de esperança de que alguém no topo pudesse manter a China na direção das reformas e contra as políticas do zero-covid que Xi Jinping é defensor", epxlica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities. "Não deu outra. Bolsas na China caíram muito nessa 2ª-feira. O índice acionário de Hong Kong, mais exposto ao mundo, chegou a cair 7% - menor nível desde 1994", completa.
Assim, o comportamento da demanda chinesa ainda exige bastante atenção.
Do mesmo modo, ainda seguem no centro dos radares dos traders as informações sobre o clima nos Estados Unidos para a conclusão da colheita, e sobretudo no Brasil, onde o plantio avança bem, apesar de alguns problemas pontuais pelo excesso ou falta de chuvas. A Argentina também é monitorada, onde o cenário climático é ainda mais severo.
Veja como fechou o mercado na última semana:
1 comentário
Soja 2024/25: Colheita brasileira chega a 0,23% da área, informa Pátria Agronegócios
Soja dispara em Chicago com USDA altista nesta 6ª, mas mercado é ainda mais complexo, explica consultor
Itaú BBA projeta aumento nas exportações de soja para 105 milhões de toneladas em 2024/25
Atrasada, colheita de soja de MT atinge apenas 0,70% da área, diz Imea
Aprosoja MT reforça que acredita na justiça com julgamento da lei da Moratória da Soja
Safra de soja tem potencial reduzido em MS, PR e RS, mas ainda é recorde no Brasil
Marcos de Souza Dias Maringá - PR
Manipulação explicita. Não há duvida que vai faltar soja!