Soja volta a intensificar baixas e vai encerrando negócios desta 4ª com perda de mais de 1% na CBOT

Novas baixas intensas são registradas para a soja na Bolsa de Chicago na tarde desta quarta-feira (14). O mercado iniciou o dia testando leves altas, porém, passou para o campo negativo e foi intensificando suas perdas e cai mais de 1,5%, perto de 15h (horário de Brasília). As baixas entre as posições mais negociadas variavam entrre 19,75 e 21 pontos, com o novembro de volta aos US$ 14,57 por bushel. O contrato maio/23, referência para a safra brasileira, vinha sendo cotado a US$ 14,63. 

"A recente onda de aversão ao risco do mercado, o clima melhor na América do Sul com reporte de chuvas em Mato Grosso fazem com que a soja e o milho devolvam boa parte dos ganhos da segunda-feira pós-USDA", explica o time da Equipe da Agrinvest Commodities. 

Outro fator que continua limitando o potencial de avanço e pressionando Chicago são as vendas de soja aceleradas na Argentina com o estímulo do 'dólar soja' desde o último dia 5. A medida tem vigência até 30 de setembro, mas as associações de classe já pleiteam uma extensão, pelo menos, até 31 de outubro. 

Os traders permanecem atentos também à conclusão safra dos Estados Unidos, que deverá começar a ser colhida já nas próximas semanas. Embora as estimativas atualizadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na última segunda (12) tenham sido bastante altistas para os preços, a pressão da chegada da nova oferta ao mercado também deverá ser sentida, como explicam analistas e consultores de mercado.