Soja: Farelo sobe mais de 4% em Chicago com preocupações com Argentina e Europa e grão avança forte
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago encerraram o pregão desta segunda-feira (25) com altas de mais de 2% - ou de 28,50 a 38,50 pontos - acompanhando ganhos superiores a 4% no farelo. O derivado segue avançou expressivamente neste início de semana de olho nas preocupações com a Argentina - maior exportadora mundial de farelo - e com a Europa.
"A Argentina tem sérios probelmas em sua balanço de pagamentos. A inflação está batendo os 100% e a taxa de câmbio Blue está 150% acima do câmbio oficial. O produtor argentino continua segunrando a soja como proteção contra a inflação. Soja é dólar", explica o time da Agrinvest Commodities.
Mais do que isso, segundo os analistas de mercado, os preços do subproduto também subiram diante de uma "provável redução de esmagametnto na Europa, maior comprador de farelo de soja do globo". O contrato setembro/22 encerrou o dia na CBOT com US$ 415,20 por tonelada curta, enquanto o dezembro/22 foi a US$ 399,10 com alta de 4,5%.
Ao lado do comportamento do farelo estão as atenções sobre o clima nos EUA. As chuvas do final de semana foram boas, porém, ainda escassas em algumas regiões importantes na produção norte-americana de grãos. Para os próximos dias, porém, algumas melhorias são esperadas. "A previsão diz que o tempo vai melhorar durante a próxima semana com chuvas prováveis para alguns estados do Meio-Oeste", afirma o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. "O modelo desta manhã indica uma boa melhora na abrangência e volume das chuvas previstas para os Estados Unidos", complementa.
Todavia, não são esperadas chuvas significativas para as Dakotas, Minnesota, Nebraska, Iowa, Wisconsin, Michigan, norte de Ohio e de Indiana, norte de Illinois, norte do Missouri, sul de Oklahoma e do
Arkansas, Texas, Louisiana, sul do Mississippi e do Alabama.
Na imagem abaixo, a previsão do NOAA, o serviço oficial de clima dos EUA, para o período de 26 de julho a 2 de agosto.
Ademais, as atenções permanecem redobradas sobre o acordo firmado na sexta para a exportação dos grãos ucranianos, seguido de novos bombardeios russos ao porto de Odessa, na Ucrânia, no sábado, mesmo sem grandes estragos e também ao comportamento do financeiro.
A semana é mais uma de decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros americana e de resultado do PIB do segundo trimestre nos EUA, para o qual se espera mais uma contração. Confirmadas novas notícias que possam deixar o mercado mais arisco, novas ondas de forte volatilidade podem voltar a abater o mercado de commodities de uma forma geral.
"O foco desta semana está sendo a reunião de 26 a 27 de julho do Fed e o quanto eles aumentarão as taxas de juros. O mercado já está foi impactado nesta segunda pelas diferentes opiniões em relação às decisões do órgão, o que está levando o dólar/real à pressão e o petróleo a um aumento. A taxa de 0,75% é esperada, embora alguns traders estimam um aumento de
1%", afirma o diretor da Labhoro.
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Vilson Ambrozi Chapadinha - MA
Lembrando que , culturas de soja e milho nos EUA metade foram plantadas num espaço de 15 dias (final) e outro terço na semana anterior , isso coloca a safra dos dois com períodos criticos de floração e enchimento de grãos dentro do mês de agosto , um mês que chove pouco .