China compra mais 132 mil t de soja nos EUA nesta 4ª e reafirma demanda mais ativa
Mais uma venda de 132 mil toneladas de soja dos EUA para a China foi anunciada nesta quarta-feira (11) pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e reafirma a nação asiática mais ativa nas compras da oleaginosa norte-americana nestes últimos dias. O volume é todo da safra 2021/22.
Desde a semana, as vendas de soja reportadas pelo USDA passam de 1 milhão de toneladas. E como explica o time da Agrinvest Commodities, os chineses seguem fazendo suas compras nos EUA para embarques a partir de outubro, principalmente, e ainda foca o mercado brasileiro para embarques até setembro e a partir de março de 2022, diante da competitividade dos preços de ambos os fornecedores.
"A cobertura de soja por parte das indústrias processadoras na China está bem curta", afirma a Agrinvest.
E essa demanda, com anúncios diários acontecendo já há cinco dias úteis consecutivos, vem dando suporte importante às cotações da soja na Bolsa de Chicago. Nesta quarta, véspera do novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA, o mercado trabalha com altas de mais de 1%, levando o novembro, referência para a safra americana, a US$ 13,51 por bushel.
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DEMANDA X VARIANTE DELTA
O mercado vinha se questionando sobre a demanda chinesa por soja diante das novas medidas de restrição necessárias no país asiático por conta dos novos surtos de Covid-19 por conta da variante delta. No entanto, especialistas já sinalizavam que o consumo da nação poderia sentir apenas de forma contida e pontual os efeitos do momento, uma vez que há uma necessidade forte e clara de recomposição dos estoques e de garantia da segurança alimentar.
"Os novos lockdowns poderiam atrapalhar, mas até agora isso não tem afetado a demanda. E mais importante é vermos a recomposição dos estoques de suínos na China. Se estamos recompondo estoques de suínos, e de forma cada vez mais tecnificada essa criação, maior demanda de farelo. E é nisso que acreditamos que o mercado vá mostrar nos próximos meses, mas sem deixar de acompanhar a evolução da variante delta", explica Ênio Fernandes, consultor da Terra Agronegócios.
E aos poucos, a China vai comprando onde tem mais conforto nos preços, e agora, ainda segundo Fernandes, a nação asiática tem comprado nos EUA e no Brasil, "e isso mostra uma sustentabilidade nessa demanda".
"Outro dado é o crescimento mundial. Se o mundo cresce, cresce a demanda, e o mundo está crescendo fortemente em duas economias muito robustas. O americano crescer 6% ao ano e China crescer 6, 6,5% é muito crescimento, principalmente porque a China puxa toda a Ásia e, consequentemente, a demanda por commodities", conclui o consultor em agronegócio.
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