Soja tem dia de recuperação técnica e fecha no positivo; BR tem poucos novos negócios
O mercado da soja terminou a quarta-feira (4) em campo positivo na Bolsa de Chicago. Depois de tímidas flutuações e de movimentações técnicas, como explicaram analistas e consultores, os futuros da oleaginosa conseguiram retomar parte das últimas e intensas baixas.
De um lado, atenção às condições de tempo no Corn Belt para a conclusão da safra americana, de outro, no mercado financeiro e nos impactos do espalhamento da variante delta, que preocupa bastante na China.
"Falta a demanda da China, que não tem aparecido, e há também apelo do financeiro, que mostrava dólar valorizado no mercado internacional frente às demais moedas trazendo pressão negativa sobre as commodities", explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting. "Em alguns momentos esse chegou a ser fator de baixa e liquidação para a soja, que testou quedas e momentos de 3 a 5 pontos de baixa".
Mas, a commodity se recuperou e fechou o dia com altas de 5,25 a 11,25 pontos, levando o agosto a US$ 14,03 e o novembro a US$ 13,25 por bushel.
No cenário de clima para os EUA nos próximos dias, os mapas atualizados na tarde desta quarta-feira, segundo informações da Agrinvest Commodities, intensificaram a volatilidade ao sinalizarem algumas chuvas pondendo chegar ao estado de Iowa, que é o maior produtor de milho do país.
Já o mapa do NOAA para os próximos sete dias - período de 5 a 12 de agosto - volumes importantes são esperados também para as Dakotas, Nebraska, Minnesota, Iowa, Wisconsin, Illinois e Indiana.
Apesar dessas chuvas, ainda segundo explicam os especialistas, o potencial produtivo da soja norte-americana continua sendo questionado diante das adversidades climáticas que já foram registradas. Agosto é um mês bastante delicado para a oleaginosa e há muitas regiões do cinturão que ainda precisam de chuvas expressivas para se recuperar e alcançar o rendimento projetado.
MERCADO NACIONAL
No Brasil, dia de altas e baixas sendo registradas no mercado físico, diante da baixa do dólar e da timidez da CBOT, além de poucos novos negócios sendo registrados. "O mercado esteve de olho no dólar e em Chicago, que andou no lado positivo. Mesmo assim, poucos vendedores apareceram para negociar.
No interior, baixas e altas foram registradas pelos preços nas praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, como Sorriso, em Mato Grosso, subindo 1,25% para R$ 162,00 e Panambi, no Rio Grande do Sul, perdendo 0,67% para R$ 151,02 por saca.
Nos portos, os preços permaneceram estáveis. Paranaguá terminou a quarta-feira com R$ 166,00 e safra nova com R$ 157,00; em Rio Grande R$ 165,00 e R$ 156,00, respectivamente.
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