Chicago: Soja tem pressão da melhora das lavouras americanas e preocupações com novo surto de Covid na China
O mercado da soja volta a recuar nesta terça-feira (3) na Bolsa de Chicago, devolvendo parte das altas da sessão anterior. Perto de 7h50 (horário de Brasília), as cotações perdiam entre 6,75 e 9 pontos, levando o agosto a US$ 14,12 e o novembro a US$ 13,45 por bushel. Parte da pressão vem do último boletim semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgado no final da tarde de ontem.
O departamento surpreendeu e trouxe um aumento no percentual de lavouras em bom estado no país, enquanto os traders esperavam uma nova redução.
De acordo com o reporte, o índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições subiu de 58% para 60% na semana. O mercado esperava 57%. Há um ano eram 73%. 28% dos campos estão em condições regulares e 12% em condições ruins ou muito ruins, contra 30% e os mesmos 12% da semana anterior da semana passada.
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O mercado também segue preocupado com as notícias sobre a nova explosão de casos de COVID na China causado pela variante delta que está fazendo o país, mais uma vez, colocar milhões de pessoas em isolamento. São mais de 300 casos confirmados em dez dias por conta da variante.
Este surto é o maior na nação asiática nos últimos meses depois do pico da pandemia, em Wuhan. São mais de 20 províncias atingidas pela nova forma da doença.
O cenário traz preocupação ao mercado quanto à demanda chinesa por diversas commodities e pressiona não só a soja, mas também outros ativos, como milho e trigo. Além dos grãos na CBOT, caem ainda café, açúcar e algodão negociados na Bolsa de Nova York.
Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:
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