Cavalinho encilhado da soja perde fôlego e preços recuam em até 13 pontos em Chicago

Publicado em 03/06/2021 16:40 e atualizado em 03/06/2021 19:05
Mercado amanhece com preços no azul, mas clima nos EUA esfria os ânimos

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A bolsa de Chicago encerrou esta quinta-feira (3) no vermelho, mesmo após amanhecer no azul, chegando a realizar contratos com ganhos de mais de 20 pontos. Ao longo do dia e com a liquidação dos contratos, o cavalinho encilhado da soja perdeu fôlego e os preços encerraram em julho a US$ 15,49, queda de 13,25 pontos. Os contratos para agosto fecharam em 15,04 (- 12 pontos), já o novembro ficou em US$ 14,03 (- 10,25) e os contratos de janeiro de 2022 ficaram em US$ 14,05 (- 9,75).

O clima americano deu o tom aos investidores, já que as boas chuvas de alguns dias atrás agora dão lugar a uma temporada mais seca e com chuvas pontuais nas principais regiões produtoras dos Estados Unidos, como é possível ver no mapa abaixo: 

clima nos eua

De acordo com Ginaldo de Sousa, diretor do Grupo Labhoro: "O mercado agrícola fez forte alta, mas recuou fortemente ao meio dia quando o modelo GFS adicionou chuvas para as planícies do norte na próxima semana. O modelo colocou chuvas inclusive para as Dakotas, região muito seca das planícies do norte, embora o modelo Canadense e o Europeu tenham mantido o tempo seco e quente para as Dakotas e parte do Corn Belt.  O mercado depois de fazer 30 de alta, começou perder força quando percebeu que não houve vendas extras para China e reabriu já devolvendo parte das altas. Os preços vão continuar voláteis e o clima será a grande estrela que ditará a direção do mercado. Num ano de baixos estoques e grande demanda, não haverá espaço para quebra de safras. 

Já de acordo com o analista Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, o clima na China pode interferir na demanda do país asiático. Nas últimas semanas, o governo chinês tem tentado controlar o mercado especulativo dentro do país, o que acabou gerando repercussões de pressão nos preços das commodities. A mão pesada da China não foi o suficiente para segurar o mercado de grãos por muito tempo, já que a reabertura global no pós-pandemia dão suporte para os preços.

Hoje não houve movimentação no mercado interno, já que foi feriado de Corpus Christi no Brasil. No entanto, a atenção fica para a queda do dólar. O fechamento de ontem para o câmbio foi de R$ 5,08 e tudo indica que a queda poderá cpontinuar na sexta-feira. O mercado financeiro aquecido deve levar a Bolsa de Valores aos 130 mil pontos o que, por consequência, pode dar mais força ao real e especialistas já dizem que variação cambial deva chegar aos R$ 5.

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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