Soja segue em alta em Chicago com queda do dólar, demanda intensa nos EUA e clima na América do Sul
O dólar abriu a segunda-feira (9) despencando frente ao real, perdendo mais de 2%. Perto de 9h30 (horário de Brasília), a moeda americana recuava 2,80% para ser cotada a R$ 5,24. Do mesmo modo, os futuros da soja, que iniciavam o dia com estabilidade, voltavam a registrar uma nova disparada e, no mesmo momento, as cotações subiam entre 12,25 e 14,50 pontos. O mercado foi, aos poucos, amenizando aos ganhos e, por volta de 10h50 (horário de Brasília), os ganhos variavam entre 2,50 e 9 pontos nas posições mais negociadas.
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Assim, o contrato novembro era negociado a US$ 11,01 e o maio/21, referência importante para a nova safra brasileira, tinha US$ 11,06 por bushel. Todas as commodities agrícolas operam com ganhos consideráveis no meio da manhã desta segunda, acompanhando as demais, que são lideradas pelo petróleo. Perto de 11h30h (Brasília), o brent mais de 10%, para ser cotado em Nova York a US$ 40,85 o barril.
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Os futuros da oleaginosa continuam registrando seus melhores patamares em quatro anos na CBOT, o que sinaliza a força que os fundamentos têm sobre o andamento das cotações. De outro lado, essa estabilidade traduz ainda as expectativas do mercado à espera do novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que chega nesta terça (10).
O mercado parece ajustar suas posições depois da disparada da semana anterior, ainda monitorando o clima na América do Sul, a demanda nos EUA e também o financeiro, especialmente depois da vitória do democrata Joe Biden para a presidência norte-americana e da sinalização de Donald Trump de que continuará a contestar os resultados.
Mais do que isso, uma nova venda de 123 mil toneladas de soja dos EUA para destinos não revelados informada pelo USDA nesta segunda-feira contribui para o movimento positivo na CBOT.
MERCADO NACIONAL
No Brasil, atenção a todos estes fatores, mas também ao câmbio. A moeda americana se mostrou bastante volátil na última semana, durante a apuração das eleições nos EUA, e agora o mercado espera com cautela para este novo início. O recuo do dólar foi compensado, para os preços da soja brasileira, pelas boas altas em Chicago.
"O mercado da soja continuará mostrando compradores atuando fortes nos EUA e poderemos ter a China voltando e puxando um pouco os indicativos na Bolsa", acredita Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting. "Enquanto isso, pouco deve mudar no interno, porque há pouca soja e não há interesse em venda da safra nova, já que o clima com chuvas abaixo do ideal deve manter os produtores retraídos e adiando novos fechamentos. Deverá ser uma semana de calmaria, podendo ter leve queda nos indicativos", completa.
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