Após pior dia desde 2008 para o financeiro, commodities e mercados se recuperam nesta 3ª. Soja lidera ganhos na CBOT
A terça-feira (10) parece ser de recuperação entre as commodities nos mercados internacionais. Depois do pânico generalizado de ontem, os futuros da soja subiam entre 9 e 10,75 pontos nos principais contratos negociados na Bolsa de Chicago, seguidos pelo milho e pelo trigo, por volta de 7h50 (horário de Brasília).
O petróleo, que cedeu mais de 20% no pregão anterior, subia mais de 9% em Nova York e mais de 8% na Bolsa de Londres. Gás natural, prata e cobre também sobem, bem como açúcar, café e algodão na Bolsa de Nova York. Da mesma forma, o ouro trabalhava no vermelho, também no caminho contrátio da sessão anterior.
Os mercados se recuperam do que os especialistas afirmam ter sido o pior dia para o financeiro desde 2008, ano da última crise financeira global. E essa retomada vem, ainda segundo analistas e consultores de mercado, diante das expectativas de medidas coordenadas para um controle mais efetivo da epidemia de coronavírus buscando evitar uma recessão da economia mundial.
As declarações de Donald Trump sobre também trazer medidas consistentes para a contenção do surto foram bem recebidas pelos investidores e são outras informações que contribuem para a retomada observada nesta terça-feira.
Veja como fechou o mercado da soja nesta segunda-feira:
Ainda para a soja, o mercado também se ajusta à espera dos novos números que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta terça-feira em seu novo reporte mensal de oferta e demanda.
Entretanto, o mercado reconhece que o mercado está mais atento às questões geopolíticas e às notícias que partem do coronavírus. No link abaixo, veja as expectativas para o relatório:
>> Soja: USDA pode aumentar estoques finais dos EUA e manter safra do Brasil
Preço do petróleo sobe 10% com esperança de estímulos após ter desabado na véspera
LONDRES (Reuters) - Os preços do petróleo subiam nesta terça-feira, tendo chegado a saltar cerca de 10%, um dia após terem registrado a maior queda em quase 30 anos, com investidores mirando possíveis estímulos econômicos e sinais da Rússia de que conversas com a Opep seguem possíveis.
O presidente norte-americano Donald Trump disse na segunda-feira que tomará importantes medidas para proteger a economia dos EUA contra impactos da disseminação do coronavírus, enquanto o governo do Japão planeja gastar mais de 4 bilhões de dólares em um segundo pacote de ações para lidar com o vírus.
O petróleo Brent subia 2,99 dólar, ou 8,7%, a 37,35 dólares por barril, às 8:28 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos avançava 2,78 dólar, ou 8,93%, a 33,91 dólares por barril.
Mais cedo, o Brent tocou máxima da sessão de 37,75 dólares por barril, enquanto o WTI alcançou 34,42 dólares, ambos com ganhos de mais de 10%.
Ambos os contratos de referência haviam caído 25% na segunda-feira, para os menores níveis desde fevereiro de 2016, no maior recuo percentual diário desde 17 de janeiro de 1991, quando as cotações caíram com o início da Guerra do Golfo.
A derrocada veio após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia terem fracassado na sexta-feira em conversas para um acordo de redução da produção, levando a uma guerra de preços por participação no mercado.
Mas o ministro russo de Energia, Alexander Novak, disse que não descarta medidas conjuntas com Opep para estabilizar o mercado e acrescentou que o próximo encontro da aliança Opep+ está planejado para entre maio e junho.
O ministro saudita de energia, príncipe Abdulaziz bin Salman, no entanto, disse à Reuters que não vê necessidade de uma reunião da Opep+ em maio ou junho se não houver um acordo sobre medidas a serem tomadas para compensar o impacto do coronavírus sobre a demanda e os preços.
(Por Ahmad Ghaddar)
Ações europeias recuperam algumas perdas com aumento dos preços do petróleo
Por Sruthi Shankar
(Reuters) - As ações europeias recuperavam parte de suas perdas brutais da sessão anterior nesta terça-feira, com os ganhos nos preços do petróleo e as expectativas de mais estímulo aliviando parte da ansiedade em torno do impacto econômico global do surto de coronavírus.
Às 8:03 (horário de Brasília), o índice FTSEEurofirst 300 subia 4,16%, a 1.379 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhava 3,99%, a 353 pontos, mas estava longe de compensar a queda de 7% registrada na segunda-feira que levou o índice a território baixista -- uma baixa de mais de 20% em relação a máximas recordes recentes.
O índice de petróleo da Europa subia 3,6% à medida que os preços do petróleo avançavam cerca de 5% após a maior queda diária em quase 30 anos, que causou extrema volatilidade nos mercados financeiros globais. [O/R]
A recuperação ganhava força conforme os investidores depositavam suas esperanças em ações coordenadas de governos e bancos centrais de todo o mundo para aliviar o impacto do surto. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu um passo "importante" na segunda-feira e disse que discutirá um corte nos impostos sobre os salários com os republicanos do Congresso.
. Em LONDRES, o índice Financial Times avançava 4,30%, a 6.222 pontos.
. Em FRANKFURT, o índice DAX subia 3,65%, a 11.013 pontos.
. Em PARIS, o índice CAC-40 ganhava 4,49%, a 4.919 pontos.
. Em MILÃO, o índice Ftse/Mib tinha valorização de 3,63%, a 19.146 pontos.
. Em MADRI, o índice Ibex-35 registrava alta de 3,76%, a 7.998 pontos.
. Em LISBOA, o índice PSI20 valorizava-se 5,20%, a 4.488 pontos.
0 comentário
Soja retoma fôlego em Chicago, fecha em alta e favorece preços nos portos do Brasil nesta 2ª
Soja se desenvolve bem em Assis Chateaubriand/PR e expectativa é de boas margens
Soja caminha de lado em Chicago nesta 2ª feira, mas atenta às baixas do óleo
Hedgepoint atualiza cenário global do mercado de soja
Agrural: Plantio de soja chega a 80% da área no Brasil
Soja/Cepea: Clima favorece semeadura, e colheita pode ser recorde