Soja sobe na Bolsa de Chicago nesta 4ª feira; petróleo lidera altas e commodities avançam
A quarta-feira (5) é positiva para quase todas as commodities negociadas nas bolsas internacionais e para as agrícolas não é diferente. Quem lidera os ganhos na manhã de hoje é o petróleo, que avança mais de 2% em Nova York e mais de 3% em Londres, com os barris acima de US$ 51,00 e de US$ 55,00, respectivamente.
Na Bolsa de Chicago, perto de 7h55 (horário de Brasília), os futuros da soja subiam pouco mais de 6 pontos nos principais contratos, levando o março a US$ 8,85, o maio a US$ 8,99 e o julho a US$ 9,12 por bushel. Os preços do milho e do trigo também atuavam em campo positivo.
Na contramão, como tradicionalmente acontece, o dólar - que costuma ser um porto seguro dos investidores em dias de intensa aversão ao risco trabalha com leves baixas. O dólar index sobe levemente.
Da mesma forma, a quarta-feira é positiva também para os índices acionários. Na China, as ações subiram diante de expectativas de que a nação asiática caminha para estabilizar os mercados, dar suporte à economia e avança nas pesquisas para ações que contenham o coronavírus. Além disso, como explica o site Investing, os dados que apresentaram melhor atividade da economia da zona do euro também contribuíram.
"A notícia veio como um alívio para os mercados que vinham precificando uma queda acentuada na produção econômica chinesa pelo menos no primeiro trimestre deste ano, juntamente com a ameaça de reverberações em toda a economia mundial", dizem os especialistas ouvidos pelo portal financeiro.
Ainda assim, as incertezas são muitas e a recuperação bastante frágil. "Não podemos deixar a emoção tomar conta porque o potencial altista continua limitado pelas incertezas em relação ao coronavírus", acredita Steve Cachia, consultor de mercado da Cerealpar e da AgroCulte.
Para a soja, há ainda alguma pressão que vem do avanço da colheita no Brasil - embora boa parte das regiões produtoras continuam a receber muita chuva - e demanda da China ainda ausente no mercado norte-americana.
"Ou seja, a reação parece mais técnica do que fundamental e, portanto, não é necessariamente uma nova tendência de alta. Com isso, há possibilidade de que uma vez de ser absorvida essa correção e sem fatores novos, devemos ver uma renovada pressão sobre as cotações futuras", conclui Cachia.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
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