Soja volta a subir em Chicago nesta 6ª feira e mantém foco no clima do Corn Belt
Os preços da soja voltaram a subir na Bolsa de Chicago no início da tarde desta sexta-feira (12). As cotações, depois de iniciarem o dia com uma ligeira realização de lucros, passaram para o campo positivo e, perto de 12h50 (horário de Brasília), subiam entre 6,75 e 7 pontos, com todos os principais contratos acima dos US$ 9,00 por bushel. O agosto tinha US$ 9,03 e o novembro, US$ 9,24.
O mercado parece já ter superado os últimos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) - que foram bastante altistas para a commodity, diga-se de passagem, embora tenham ficado dentro de tudo o que os traders esperavam - e se volta ao clima no Corn Belt e também ao desenvolvimento das lavouras nos campos americanos.
Neste momento, as previsões indicam tempestades que podem atingir a região do Delta do Mississipi nos próximos dias, mas tempo aberto nas demais regiões produtoras dos EUA.
"Os mapas climáticos ressaltam a formação de uma tempestade tropical agressiva sobre o Sul dos Estados Unidos, oferecendo totais pluviométricos entre 70-300mm acumulados nestes próximos 5 dias. A região do Delta do Mississippi se torna a principal afetada por este fenômeno climático, que poderá alcançar o extremo sul do Cinturão Agrícola, no começo da próxima semana", explica a consultoria ARC Mercosul.
A região responde por por quase 5% de toda a produção de milho e 11,5% de soja norte-americana.
A guerra comercial, mesmo atuando como um fator secundário sobre o mercado neste momento, permanece forte no radar dos players. Um consenso ainda não foi encontrado e o presidente americano Donald Trump vem se queixando do comportamento dos chineses sobre pequenos acordos que foram firmados na última reunião do G20 e que não estariam sendo cumpridos, como novas compras de produtos agrícolas dos EUA.
No entanto, fontes oficiais de Pequim desmitiram o presidente americano afirmando que tal acordo não teria sido firmado em Osaka.
Leia mais:
>> Pequim desmente Trump sobre acordo para novas compras de produtos agrícolas
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