Argentina: paralisação dos trabalhadores da indústria oleaginosa pode afetar exportação de grãos e derivados
Ontem (17) à tarde teve início uma paralisação por tempo indeterminado da federação de trabalhadores da indústria de óleos da Argentina, logo após estes não obterem sucesso em uma negociação no Ministério do Trabalho. A medida de força, segundo sinalizou o sindicato em um documento, é pela demissão de 34 trabalhadores das plantas da Cargill em Villa Gobernador Gálvez, Punta Alvear e Bahía Blanca.
A Cargill indicou, em nota, que as demissões ocorreram pela "decisão irreversível de substituir essas 34 pessoas por outras, em idênticas condições de contratação".
A Federação de Trabalhadores do Complexo Industrial Oleaginoso, Descaroçadores de Algodão e afins da República Argentina afirmou que o conflito com a Cargill se soma ao fato de que várias empresas aderidas à Câmara da Indústria de Óleos da República Argentina (CIARA) não cumpriram com o acordo assinado em 4 de maio, no qual se estabeleceu o pagamento de AR$26.987 em 15 de maio.
Esse conflito afeta o setor agroexportador em um momento no qual a safra de verão está saindo do campo e há uma maior atividade nos terminais portuários de Gran Rosario, nos quais se exporta mais de 85% dos grãos e derivados que a Argentina produz.
Tradução: Izadora Pimenta
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