Soja, por AgResource Mercosul: Clima em maio nos EUA deve contar com temperaturas mais quentes e a chuvas mais escassas

Plantio safra 2018/19 EUA

Pela primeira vez nos últimos dias, a agência de monitoramento de exportações nos Estados Unidos (FAS, sigla em inglês), trouxe um anuncio de vendas de 130 mil toneladas de soja em direção a Argentina. O evento trouxe um leve sustento aos preços nesta terça-feira (24), uma vez que ressalta a quebra de safra argentina, assim como prêmios brasileiros de exportação que continuam altos, direcionando o interesse do Mercado comprador pela oleaginosa estadunidense. Por outro lado, as projeções climáticas para maio nos Estados Unidos trazem temperaturas mais quentes e a chuvas mais escassas sobre o Cinturão Agrícola. Se tal cenário meteorológico se confirmar, o progresso de plantio acelera durante o período, se encaixando dentro das normalidades da janela de safra. Na tarde de ontem, o USDA publicou que 2% da safra de soja já havia sido cultivada até o domingo, dia 22. O patamar está em acordo com a média dos últimos 5 anos, também definida em 2%. No entanto, fica atrás de 2017, que teve um excelente começo de plantio e já havia coberto 5% da área.

Clima na América do Sul

No Brasil, os mapas climáticos continuam reafirmando o fim da janela de chuvas para a safra 2017/18 na a grande maioria da região plantada com safrinha. Regiões ao noroeste do Mato Grosso continuam recebendo totais pluviométricos de até 40mm acumulados por mais algumas semanas. Os estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo, sul de Minas Gerais e algumas regiões pontuais no norte do Paraná mantêm o estresse hídrico elevado, afetando o desenvolvimento das culturas de segunda safra. As projeções para os próximos 5 dias não são otimistas para tais áreas citadas. Com a permanência de um padrão árido, sem precipitações observadas e temperaturas acima da média. Na Argentina, a renovação da umidade no solo permanece ao longo dos próximos 15 dias, beneficiando o ritmo de plantio e desenvolvimento do trigo no país.