Soja em Chicago começa semana com estabilidade nesta 2ª de olho no cenário geopolítico global
O mercado da soja trabalha com estabilidade no pregão desta segunda-feira (16) na Bolsa de Chicago. As cotações, por volta de 7h35 (horário de Brasília), subiam entre 0,50 e 1 ponto nos principais contratos, com o maio/18 sendo cotado a US$ 10,55 por bushel.
As leves altas registradas pela commodity são, ao lado do algodão, uma exceção entre as commodities agrícolas, que caem de forma generalizada neste início de semana, tal qual o dólar, que cede mais de 1% na manhã de hoje no mercado futuro americano.
Segundo explicam analistas internacionais, os traders ainda buscam definir uma direção para as cotações, diante de informações que pesam sobre os dois lados da tabela.
De um lado, os fundos mais posicionados do lado da compra e um clima um pouco mais seco no Meio-Oeste americano pesam sobre os preços, enquanto alguns pontos do Corn Belt que ainda apresentam adversidades dão suporte aos futuros, de acordo com os especialistas da consultoria internacional Allendale, Inc.
Ainda nesta segunda-feira, o mercado se atenta também aos dados dos embarques semanais norte-americanos que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga no início da tarde, tal qual os números do esmagamento de soja nos EUA em março no reporte que vem da NOPA (Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas dos EUA).
Além disso, as questões geopolíticas também ainda têm espaço garantido entre os traders, uma vez que além da disputa comercial com a China, os EUA agora lidam com os impactos dos ataques feitos à Síria no último final de semana.
Como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, a situação poderia dar espaço para uma alta do dólar no quadro internacional, bem como exercer uma pressão sobre as commodities, com os investidores "buscando proteção".
"Assim, teremos uma semana com novas notícias e agora a guerra. Normalmente, não é muito bom para os negócios porque deixa o setor nervoso, mas não acreditamos em grandes baixas nesta boca de plantio dos EUA, porque poderá desanimar os produtores de lá. Mas será uma boa semana para se acompanhar, com a possibilidade de algumas flutuações para um lado e para o outro, não mostrando espaço grande para nenhum deles", diz Brandalizze.
Veja como fechou o mercado na última semana:
>> Soja: Com altas de até 9%, semana marcada por bons volumes negociados no Brasil
e leia ainda:
>> Petróleo e ouro devem estender ganhos após ataques à Síria
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