Argentina: Bolsa de Rosario diminui safra de soja para 40 mi t e milho para 32 mi t
Nesta quinta-feira (15), a Bolsa de Comércio de Rosario (BCR) diminuiu suas estimativas para a safra de soja argentina, estabelecendo o novo número em 40 milhões de toneladas contra 46,5 milhões projetados no boletim de fevereiro. A safra de milho, por sua vez, teve uma queda para 32 milhões de toneladas contra 35 milhões projetadas anteriormente.
A BCR justifica essas quedas por conta da umidade insuficiente nos solos, de forma que a soja de primeira etapa seguiu formando vagens e enchendo seus grãos nas piores condições. A falta de água, assim, afetaria pouco mais de 1 milhão de hectares da oleaginosa.
O fracasso produtivo também se faz sentir sobre as áreas de soja de segunda etapa, aquelas que são plantadas logo após o trigo, já que em grande parte da região dos Pampas se estimam rendimentos que poderiam ficar abaixo dos 2000kg a 1500kg por hectare.
Considerando as áreas distintas, se estima um rendimento médio a nível nacional de 2360kg por hectare. A produção de soja, assim, é estabelecida em 40 milhões de toneladas.
No milho, a estimativa de produção passa de 35 milhões de toneladas para 32 milhões de toneladas. Entre Ríos, Córdoba, Santa Fe e Buenos Aires se consolidam com os maiores danos produtivos.
A superfície total de milho corresponde a 6,43 milhões de hectares. O rendimento nacional para esta safra deve ficar por volta dos 5980kg por hectare. Quando a colheita ganhar força, os rendimentos estimados e sua tendência deverão ser verificados.
2 comentários
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Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR
Amanhã algum corretor vai dar entrevista e aumentar a safra brasileira e a estimativa de plantio nos EUA. Não tem como ganhar deste bando. A bolsa de Buenos Aires adota a estratégia "seu gato subiu no telhado" para cortar a safra Argentina, Os boatos falam de até 34 mi de toneladas de soja. A coisa é feia. A venda de silobag caiu mais de 20% nesta safra. Mas não tenho ilusões, Vão manter o preço onde está, enquanto nossos custos aumentam a cada mês. Agricultor luta para ver quem será o último a sobreviver na atividade, e o único poder que temos é escolher o dia que vamos vender a safra. E olhe lá... Triste sina de um povo tão trabalhador e sofrido.
O que ficou tambem evidente foi a consequencia maior sobre os preços do milho com relaçao a soja. Vimos um exportacao excessiva e vendida inocentemente em 2017 a preços baixos e agora o impacto da Argentina fortemente apenas no milho, que tem estoques baixos mesmo com a CONAB falando o contrario.
As condições das lavouras argentinas reportadas pela Bolsa de Rosário são dramáticas. Nas condições ruins + muito ruins na soja de primeira é de 75.7%, soja de segunda 87.1%, média da soja 78.9%. No milho de primeira 60.3%, milho de segunda 86.9%, média do milho 73.6%. Essas condições apontam para rendimentos desastrosos. A colheita do milho está em 8% com perdas de rendimento de 25%, mas este milho é de primeira com condição muito superior ao milho de segunda. Para a produção brasileira atender com aperto a demanda internacional e interna, precisaria produzir cerca de 126,500MMT de soja. (fonte SimConsult).
Comentários recentes aqui no NA diziam que a seca da Argentina já estava precificada. Agora passou uma nuvem por lá e a CME cai 13 pontos ??!!! (Segunda/19 08:20h)!
Marcio Magarinos
Como é que ficam os 47 milhões do USDA?