Argentina: áreas destinadas para a soja em Salta devem ficar sem plantar
As chuvas do último final de semana na Argentina foram um "bálsamo" para algumas zonas agrícolas, mas foram espaçadas por raios de curta distância.
Em Santa Fe, as chuvas foram desde 42mm em Casilda até 150mm em Amstrong e Coronda. Na zona de Reconquista até San Justo também houveram chuvas entre os 25mm e os 60mm. Entre Ríos, por sua vez, teve valores díspares, que foram desde 20mm até 40mm.
Para a província de Salta, a situação foi diversa: o norte recebeu chuvas entre 50mm e 120mm. Contudo, estas foram menores no sul.
Desta forma, a Associação de Produtores de Legumes do Noroeste Argentino, que abrange os departamentos de Rosario de La Frontera e Metán, localizados no sul desta província, indicaram que o avanço de plantio de soja e milho se encontra em 60%. Contudo, pela falta de chuvas, a intenção dos produtores é deixar o restante das áreas livres para plantar mais adiante.
No centro da província, "somente 40% da soja foi plantada, quando a janela de plantio já devia estar chegando ao final", disse Ignacio Chavarría, diretor geral de Pecuária e Produção Animal de Salta.
Na província do Chaco, há produtores que ainda esperam as chuvas para terminar o plantio de algodão e iniciar o plantio de sorgo, milho e soja. Para o técnico Ricardo Reddy, "a situação é difícil, mas não é terminal: ainda faltam algumas semanas de margem para plantar soja e milho".
Carlos Di Bella, diretor do Instituto de Clima e Água do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) do país, explicou que "as chuvas estão abaixo do normal no norte de Córdoba, no norte de Santa Fe e em toda a província de Corrientes. Este contexto de valores tão baixos de chuvas aparece uma vez a cada dez anos. O déficit de água é um tema de grande importância, levando em conta o histórico".
Tradução: Izadora Pimenta
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