Soja, por AgResource Mercosul: Chuvas boas para Argentina somente em 15 de janeiro

Operadores em cautela!

No primeiro dia de negociações na CBOT, os futuros da soja operaram grande parte da sessão em altas sustentadas pela falta de chuvas iminentes em grande parte da Argentina e no Rio Grande do Sul. Fundos com um excedente de posições vendidas no Mercado, agora preferem diminuir um pouco de sua exposição ao risco, uma vez que as variações climáticas para a América do Sul continuam agressivas. Além do mais, as cotações na Bolsa de Chicago se mostram pouco alteradas em relação ao ano passado. No dia 3 de janeiro de 2017, o contrato da soja-spot na CBOT fechou em $9,86/bushel, apenas 30 cents superior aos níveis atuais. Após quase 10 sessões de operações, os mesmos futuros já haviam marcado quase $1,00 de alta devido às preocupações com excessos de chuvas na Argentina. Agora o cenário parece ser oposto, e uma recuperação acentuada do Mercado só será observada com alguma intempérie climática significante sobre a América do Sul e qualquer consequência do fenômeno La Niña. A volatilidade deverá aumentar nos próximos dias.

Clima na América do Sul

Nos mapas climáticos atualizados na tarde desta terça-feira (2), as chuvas para a Argentina e o Extremo Sul do Brasil nos próximos 10 dias retraem com grande significância, especialmente para o período de 7-12 de janeiro. Anteriormente, uma rodada de chuvas de 20-30mm era prevista para chegar nas tais regiões citadas por volta do dia 11. No entanto, de acordo com que os mapas eram atualizados, tais precipitações se retraíram e parecem atrasar de 2-3 dias. As previsões possuem grande divergência, diminuindo a confiança. Além do mais, assim como ressaltado pela ARC, com a presença do La Niña em janeiro, as projeções meteorológicas tenderiam para um cenário mais árido sobre a Argentina e o Rio Grande do Sul. Uma nova rodada de precipitações generalizadas só deverá regar os solos argentinos por volta do dia 15 de janeiro. O cenário não é agradável para os produtores da região.