Soja: Mercado em leve queda. Clima na Argentina no centro das atenções, por Miguel Biegai
Bom dia! Os contratos futuros de soja na Bolsa de Chicago operam em discreta queda na manhã desta quarta-feira (29/11). O contrato de janeiro está cotado em US$ 990, com 3 centavos por bushel de queda. Movimentação de 9 mil lotes neste vencimento durante a madrugada.
Os operadores estão muito atentos com as projeções climáticas para a Argentina, no que se refere ao curto e médio prazo. A fonte de volatilidade do mercado está basicamente aí. Com um provável La Niña se aproximando, cada atualização dos mapas de chuvas para o período de 6 a 10 dias mexe com o mercado. Na segunda metade da semana passada, o que mais se via nos mapas era a redução do volume de chuvas para algumas regiões, o que fez os operadores comprarem posições. Porém, ontem e hoje, chuvas voltaram a aparecer e derrubaram novamente os preços. Não tem jeito, vai ser assim por algum tempo. No entanto, a volatillidade tende a aumentar quando chegarmos ao período crítico de desenvolvimento das lavouras. Porém, é bom que se diga que não há praticamente nenhuma região sob stress hídrico, até o momento. A maior preocupação é o surgimento precoce de ferrugem asiática logo no começo do crescimento das plantas, em alguns lugares do PR, RS e Paraguay. Quando surge tão cedo assim, a ferrugem tende a reduzir potencial de produtividade.
Graficamente, o janeiro/18 segue dentro de uma tendência lateral, após ter perdido a tendência de alta a duas semanas atrás. Essa tendência lateral deve persistir até a definição climática sobre o La Niña e seus efeitos sobre a safra sul americana.
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