Soja: Chicago deixa estabilidade de lado, volta a subir e contrato novembro supera os US$ 10/bushel

Na manhã desta sexta-feira (7), os futuros da soja operavam com estabilidade na Bolsa de Chicago, porém, parecem ter deixado a calma de lado e voltaram a subir. Por volta de 10h40 (horário de Brasília), as cotações registravam ganhos de 6,75 a 7,75 pontos, com o novembro/17 já superando os US$ 10,00 e sendo cotado a US$ 10,06 por bushel. 

"Depois dos relatórios de estoques e de plantio, e com a combinação de incertezas climáticas no Meio Oeste, o mercado engatou uma sequência de ganhos há muito esperada – acumulando alta superior a 7%. Clima continuará como centro formador do preço" explica Camilo Motter, analista de mercado e economista da Granoeste Corretora de Cereais.

Nesta sexta, há chuvas previstas para os estados de Iowa e Illinois, porém, nas previsões mais alongadas, para o intevalo dos próximos 6 a 10 e 8 a 14 dias, é ainda de tempo quente e seco no Oeste do Corn Belt e nas Planícies, trazendo alguma estresse para as lavouras nestas regiões. De acordo com dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), há 64% da soja em boas ou excelentes condições nos EUA.

"Nas porções sul e leste da região produtora dos EUA, os solos seguem com umidade relativamente adequada. Porém, nas Planícies, sobretudo na porção norte, há focos de estresse hídrico e temperaturas em elevação. As lavouras entram no período mais crítico e sobe o grau de preocupação com as condições climáticas", completa Motter.

Além disso, também de acordo com números do USDA, as boas vendas semanais de soja da safra velha pelos EUA contribuem para a sustentação do movimento de alta das cotações. Na semana encerrada em 29 de junho, os EUA venderam pouco mais de 365 mil toneladas de soja da safra 2016/17, contra expectativas de 200 mil a 400 mil. Da safra nova, foram pouco mais de 74 mil, enquanto o mercado apostava em algo entre 50 mil e 250 mil toneladas.