Soja: Mercado segue indeciso; Operadores disputam nova tendência, por Miguel Biegai da OTCex Genebra

Os contratos futuros de soja operam em ligeira alta nesta manhã de terça-feira. O novembro/17, que já possui mais de 300 mil contratos em aberto, trabalha com 2 centavos de alta, a US$ 950,50 cents/bushel.

O mercado está “lutando” entre a corrente dos operadores baixistas, que seguem apostando que o mercado volta para níveis abaixo de US$ 900,00, e os operadores que acreditam que o mercado está mais para lateral (devido à forte demanda) ou até mesmo engate uma tendência leve de alta, se começarem a ocorrer problemas climáticos nos EUA. Por enquanto, a tendência que segue dominante entre a maioria dos operadores é que o mercado ainda se encontra dentro de um rumo geral de baixa. Isso se observa pelo volume de posições vendidas maiores do que compradas entre os especuladores. Apesar que isso vem diminuindo, pois na semana passada a posição liquida vendida reduziu em quase 15 mil contratos...

Graficamente, é possível notar que o mercado também está brigando exatamente na resistência do canal de baixa, já pelo terceiro dia seguido. Ontem chegou a romper no intraday, chegando a bater perto dos US$ 960 no novembro/17. No entanto, este fechou ainda abaixo da resistência do canal de baixa. Como comentamos ontem, o mercado precisava de um fechamento acima de US$ 953 para demonstrar que “quer” entrar em uma nova tendência (lateral ou de alta). Isso não aconteceu ontem, e nessa madrugada a máxima foi de US$ 951,75. Veremos se hoje rompe ou se novamente o mercado vai respeitar essa resistência no novembro. Ontem, a forte queda no milho (por conta de boas chuvas no final de semana) acabou puxando a soja também. É bom lembrar que o período crítico do milho é um pouco antes do período para a soja, portanto essas chuvas favoreceram várias lavouras que estavam em situação já ficando bem complicadas.

Com o mercado fechado, o USDA divulgou seu relatório de condições das lavouras. Na soja, as condições boas a excelentes recuaram de 67% para 66%, sendo que o mercado esperava 68%. No ano passado era 73% (ano passado foi fora da curva). 26% das lavouras estão em situação regular e 7% em ruins, muito ruins. No milho, também veio 67% em boas e excelentes condições, mas o mercado esperava melhora para 68% a 69%. Ano passado, era 75% em boas a excelentes.