Soja: Mercado em alta com risco climático; Gráficos começam a mostrar inflexão de tendência
Os contratos futuros de soja na bolsa de Chicago operam em alta, e com bom volume, nesta madrugada de segunda-feira. O contrato de novembro/17 trabalha com ganho de 5,25 cents/bushel, e vai sendo cotado a US$ 955,25 cents/bushel. O movimento até o momento é de 15 mil contratos nesse vencimento.
Os diferentes modelos de mapas climáticos atualizados durante o final de semana novamente não estão em concordância. O modelo americano vem mostrando um pouco mais de chuvas e temperaturas próximas do normal, enquanto o modelo europeu traça um cenário mais complicado para algumas regiões do Oeste, com poucas chuvas e temperaturas elevadas.
Diferentemente do ano passado quando os mapas quase sempre concordavam que o clima ia ser favorável para as lavouras americanas, neste ano a situação está diferente. E a discordância neste caso, gera incertezas. E as incertezas geram receio entre os grandes consumidores, particulamente na Ásia, onde o consumo está tão aquecido que eles não se podem dar ao luxo de ver o risco de uma safra mundial menor do que o mundo se acostumou nos últimos anos, sem começar a se cubrir.
O forte movimento de compras físicas nos EUA nos últimos meses (muito acima do nível dos últimos anos), talvez sejam um indicativo de início de cobertura. Se a situação se complicar nas lavouras americanas, vão carregar muito mais do que as 55,7 milhões de toneladas indicadas pelo USDA e embarcar um volume um pouco mais próximo dos quase 59 milhões de tons que já estão programados para a safra 16/17, com um volume menor de cancelamentos.
Se o clima reverter e ficar favorável, aí poderão cancelar compras de soja americana, e se abastecer no mercado sulamericano , enquanto aguardam a entrada da nova safra dos EUA em outubro.
Já estamos nos aproximando do período crítico para as lavouras americanas, que é entre meados de julho e meados de agosto. As chuvas e precipitações que ocorrerão de agora até lá, podem servir como um limitante ou um impulsionador para potencial de produção, mas é nesse período em específico onde boa parte da safra norte-americana se forma.
Graficamente, temos duas novidades. O contrato de novembro/17 está rompendo o grande canal de baixa no qual estava inserido desde fevereiro. Para confirmar esse rompimento, precisa hoje fechar acima de US$ 953,00 e amanhã, em momento nenhum trabalhar abaixo de 953,00 durante todo o pregão. Além disso, as médias móveis 9 com 21 estão cruzando pra cima no contrato que é o driver do mercado, o que também pode ser um indicativo de que o mercado está preocupado e começando a comprar.
No entanto, em mercado de clima, os gráficos podem ser desmentidos em questão de horas. Apesar que os gráficos ajudam a identificar quando algo está mudando no mercado, e é sempre bom colocar no radar.
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