Mercado de soja rompe barreira dos US$ 929,50 cents/bushel, por Miguel Biegai da OTCex

Publicado em 08/06/2017 07:12

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O mercado futuro de soja na bolsa de Chicago está operando em alta de 7 centavos por bushel nesta manhã do dia 08 de junho, sendo cotado a US$ 937,50 cents/bushel. O mercado esteve relativamente bem movimentado durante a madrugada, com cerca de 12 mil contratos sendo negociados somente no vencimento julho/17.

No pregão anterior, o contrato foi mesmo buscar a “recuperação técnica” nos US$ 929,50 cents/bushel que estamos apontando desde a quinta-feira da semana passada, depois do mercado fazer um movimento de queda de US$ 961 até US$ 909 cents/bushel. Essa recuperação técnica, que faz parte da teoria gráfica Fibonacci, indica que o mercado “devolve” cerca de 38,20% de um movimento nos preços do mercado. E isso vale tanto para alta como para baixas. O estudo Fibonacci é um dos mais respeitados pelos analistas gráficos, juntamente com suportes/resistências, médias móveis e candlesticks (bearish/bullish hammers, dojis, etc). Na semana passada, mesmo traders leigos no mercado de soja (mas experientes em petróleo e gás natural) que trabalham comigo aqui em Genebra, estavam observando que poderia ser um momento interessante para comprar soja. 

Ou seja, dos US$ 909 verificados nas mínimas da semana passada até os US$ 929,50 atingidos ontem, foi recuperação técnica depois da queda. No entanto, na terça-feira, o mercado chegou a romper essa linha no intraday (dentro do dia), mas no fechamento acabou refugando o rompimento dessa linha.  

Mas nesta quarta feira, novamente o mercado não só foi buscar os US$ 929,50, como acabou rompendo essa resistência, fechando em US$ 930,50. O volume negociado, de mais de 120 mil contratos, indica que houve forte movimentação. Rompimento de resistência com grande volume de negócios significa que tem “mais coisa por aí” do que simplesmente movimento técnico. Ou seja, tem algum fundamento agindo no mercado.

Esse fundamento vem de atualizações de mapas climáticos indicando tempo seco e quente para o período de até 10-15 dias, trazendo inclusive alguma preocupação com estiagem para algumas regiões produtoras do meio-oeste americano. Ressalte-se: Não apenas para esse período, mas sim com as preocupações acerca de uma  possível prolongação dessa estiagem. Porque 10 a 15 dias sem chuva não afetam significativamente o desenvolvimento das lavouras, tendo em vista que muitos solos no meio-oeste americano retém a umidade por um bom tempo, mas desde que na sequencia venham precipitações. No entanto, se isso se prolonga, aí sim poderemos ter problemas com produtividade. E é aí que o mercado começa a se preocupar, e com isso embute esse risco nos preços. 

É bom salientar que a demanda mundial está aquecida, porque ela foi muito “estimulada”  nos tres ultimos anos, com preços relativamente baixos em dólares na bolsa (chegando a trabalhar um bom tempo abaixo de US$ 900,00 cents/bushel). Preços baixos incentivam a demanda no longo prazo. No entanto, a demanda aquecida precisa de safras cheias e regulares, o que vem acontecendo nos últimos anos, principalmente nos EUA. Quando houver algum problema climático que afete a oferta mundial, a demanda pode fazer com que o mercado recupere níveis de preço que incentivem um forte plantio para a temporada seguinte, de forma a corresponder ao consumo.

Graficamente, temos um rompimento de resistência Fibonacci dos US$ 929,50, do qual já discorremos acima, e agora temos uma nova resistência (também Fibo) na casa dos US$ 940,50 cents/bushel. O rompimento dessa resistência nos US$ 940,50 abre espaço até mesmo para uma retomada de tendência altista, o que era praticamente impensável a duas semanas atrás, depois de uma forte alta do dólar em relação ao real, e a melhora dos mapas climáticos americanos (naquele momento). Mercado é “cada dia um dia”.
Por via das dúvidas, estamos recomendando realizar lucro na estrutura que sugerimos na semana passada, para quem ainda não o fez. A operação já está pagando cerca de R$ 2,00/saca de lucro.

Miguel Biegal - 08/06/2017

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Fonte:
OTCex Group Genebra

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