Soja no Uruguai vem com bom desenvolvimento, dependendo de chuvas regulares em fevereiro e março

Publicado em 15/02/2017 09:31

No Uruguai, os produtores de soja precisarão de chuvas regulares ao longo de fevereiro para manter os cultivos que estavam acostumados com a água em janeiro, de acordo com Alexis González, gerente de produção da empresa Agronegocios del Plata (ADP).

Se esperava um verão seco, porém, ocorreram várias chuvas irregulares. Os episódios de chuvas, por sua vez, foram bons para o cultivo.

Em diálogo com o site TodoElCampo, González disse que a soja de primeira etapa de plantio passa por uma etapa crítica de enchimento de grãos. No entanto, as sojas plantadas onde, anteriormente, se plantou colza, estão em situação parecida com as de primeira, já que se trata de plantios precoces. A soja plantada sobre as gramíneas de inverno, como trigo e cevada, estão um pouco mais atrasadas, tanto em estado de floração quanto em estado vegetativo.

Para González, o cultivo se encontra em um momento no qual "não se pode faltar água". Ele lembra que as sojas plantadas em cima do trigo colhido são as mais sofridas, mas que, em geral, os cultivos estão "bonitos" e "vigorosos", embora em algumas zonas as plantas estão "crescidas demais", o que pode ser perigoso, já que, neste caso, a demanda por água é alta.

Se ocorrerem chuvas normais durante todo o mês de fevereiro e algumas em março, se poderá alcançar o enchimento de grãos necessário. No entanto, se forem 10 a 15 dias sem chuvas, os cultivos poderão começar a sofrer com a falta de água.

A ausência de chuvas é observada em algumas zonas pontuais, como o norte de Paysandú, o sul de Young (Río Negro) e Chamangá (Flores). "O restante do país está recebendo um bom volume", disse.

Milho

No milho, os cultivares de primeira etapa estão muito bonitos, segundo González. A colheita começará a partir da metade de fevereiro em diante.

A pequena ausência de água durante o mês de fevereiro assustou um pouco os produtores e ainda não foi avaliado se a situação foi capaz de atrapalhar o rendimento.

Os cultivos de segunda etapa sofrem mais com a seca porque possuem uma maior demanda e ainda não chegaram ao estado reprodutivo. No entanto, ainda não causam maior problema.

Duplo cultivo

Para González, o país precisa apostar em duas safras por ano, sendo um fator "imprescindível", porque "a soja de primeira, por si mesma, não suporta todo o sistema".

Tradução: Izadora Pimenta

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Fonte:
TodoElCampo

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