Brasil perde espaço para EUA nas entregas de soja na China em setembro
(Reuters) - As importações de soja do Brasil pela China caíram cerca de 27 por cento em setembro, com o espaço sendo preenchido pelo grão dos Estados Unidos, que está mais competitivo, apontaram nesta segunda-feira dados da Administração Geral de Aduanas da China.
O país asiático manteve suas compras no exterior praticamente estáveis em setembro, totalizando 7,19 milhões de toneladas, recuo de 0,85 por cento ante o mesmo mês de 2015.
O Brasil ainda foi o principal fornecedor de soja para a China no mês passado, com desembarques de 3,76 milhões de toneladas. Houve, contudo, uma queda de 26,8 por cento ante setembro de 2015, ou 1,37 milhão de toneladas.
Na mesma comparação, as importações de soja dos Estados Unidos pela China passaram de irrisórias 201 toneladas em setembro de 2015 para 1,36 milhão de toneladas no mês passado.
A colheita no Brasil já está finalizada há alguns meses e o país tem tido oferta escassa e preços elevados para oferecer aos seus importadores, após uma safra prejudicada pelo clima e uma valorização do real frente o dólar que é desvantajosa para negócios de exportação.
Por outro lado, os Estados Unidos, onde a colheita da safra 2016/17 ainda está em andamento, conseguiu realizar volumosos negócios nos últimos meses com a ajuda de bons estoques e preços competitivos.
No acumulado dos nove primeiros meses do ano, o Brasil registra alta de 7,6 por cento nos desembarques de soja na China, com 35,5 milhões de toneladas. Os EUA têm volume acumulado de 17,5 milhões de toneladas, com alta de 2,9 por cento.
De janeiro a setembro, a China importou 61,2 milhões de toneladas, alta de 2,6 por cento.
(Por Gustavo Bonato, em São Paulo)
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