Soja: No Brasil, altas em Chicago são neutralizadas pelo recuo do dólar nesta 3ª feira
O cenário para os preços da soja é inverso nos negócios desta terça-feira (21). Em Chicago, as cotações testam uma recuperação e operam em campo positivo, enquanto o dólar recua frente ao real e pesa ligeiramente sobre a formação das cotações no Brasil. Por volta de 12h10 (horário de Brasília), os principais vencimentos da oleaginosa subiam pouco mais de 7 pontos e a moeda americana, no mesmo momento, recuava 0,62% para R$ 3,181, após superar os R$ 3,20 na sessão anterior.
Assim, os preços da oleaginosa nos portos não seguiam uma direção comum neste início de tarde. Em Paranaguá, a soja disponível não tinha referência, enquanto a da safra nova subia 0,4% para R$ 75,30. Já no terminal de Rio Grande, o produto disponível subia 0,53% para R$ 75,90, enquanto o futuro perdia mais de 1% e era cotado a R$ 76,00, após fechar ontem com R$ 77,00 por saca. Em Santos, a soja com entrega prevista para março/16 era cotada da R$ 76,20.
Os negócios neste início de semana, como relatou Vlamir Brandalizze, devem seguir em um ritmo um pouco mais lento dadas às incertezas sobre a safra americana e a volatilidade esperada pelo dólar, que acabam tirando parte da força dos preços no mercado brasileiro. Além disso, ainda de acordo com o consultor da Brandalizze Consulting, nas últimas três semanas, o produtor brasileiro aproveitou as boas oportunidades e comercializou uma parte significativa da sua nova safra, principalmente porque as relações de troca têm se mostrado bem favoráveis nos últimos dias.
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja voltaram a subir após cinco sessões consecutivas de baixa e vinham testando uma recuperação. Segundo analistas internacionais, o mercado encontra suporte nas incertezas sobre a safra americana, além de sua irregularidade. Ontem, no final da tarde, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou seu novo relatório semanal de acompanhamento de safras e o índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições foi mantido em 62%, mesmo número da semana anterior.
Além disso, o USDA anunciou ainda uma nova venda de soja para destinos desconhecidos de 110 mil toneladas e a informação contribui para esse fôlego para as cotações no mercado futuro americano.
As chuvas continuam pelos próximos dias ainda em alguns estados do Corn Belt, como Iowa, por exemplo, de acordo com as últimas informações divulgadas pelo NOAA - serviço oficial de clima dos EUA . No intervalo dos dias 26 a 30 de julho, a região deverá receber precipitações acima da média, como mostra o mapa a seguir. Nesse mesmo período, porém, as temperaturas deverão permanecer acima da média, segundo indica o mapa seguinte.
"Enquanto o calor extremo pode ser um problema para a polinização do milho, uma pausa na chuva será bem-vinda e dará aos campos encharcados a chance de secar", disse Bob Burgdorfer, analista de mercado do site internacional Farm Futures.
Chuvas nos EUA entre os dias 26 a 30 de julho - Fonte: NOAA
Temperaturas nos EUA entre os dias 26 a 30 de julho - Fonte: NOAA
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