Soja: Com dólar mais alto, preços batem em R$ 69 nos portos do Brasil, mas recuam na CBOT
No início da tarde desta quinta-feira (11), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago voltaram a recuar e vinham registrando baixas bastante significativas. Por volta de 12h30 (horário de Brasília), e depois de algumas sessões de altas, os preços perdiam mais de 10 pontos entre as posições mais negociadas.
Dessa forma, o contrato julho/15 voltava a trabalhar na casa dos US$ 9,40 por bushel e o novembro/15, referência para a safra dos Estados Unidos, se aproximava, novamente, dos US$ 9,00, cotado a US$ 9,09.
Segundo analistas internacionais, uma retomada do dólar frente a uma cesta das principais moedas, inclusive o real, nesta quinta-feira, atua como um dos principais fatores de pressão sobre as commodities de uma forma geral. "Um avanço do dólar está pressionando os futuros do petróleo e do ouro", diz Bryce Knorr, do site americano Farm Futures.
No Brasil, por volta de 12h40, o dólar subia 0,9% a R$ 3,146 e esse ganho já repercutia em preços melhores para a soja brasileira disponível negociada nos portos. Em Paranaguá, a oleaginosa era negociada a R$ 69,30 por saca, contra os US$ 68,50 do fechamento de ontem e, em Rio Grande, o valor era de R$ 69,00. Já a soja da safra nova se mantinha acima dos R$ 70,00 em ambos os terminais.
Clima nos EUA
Entre os fundamentos climáticos que influenciam o mercado futuro americano de grãos poucas mudanças. As chuvas são excessivas e agora começam a se generalizar, ainda segundo informações do portal Farm Futures.
As tempestades registradas no Kansas e em Iowa deverão se espalhar por todo o Corn Belt, antes de uma nova frente se aliar ao sistema trazendo mais chuvas fortes para a região, de acordo com as sinalizações dos mapas climáticos para os próximos dias divulgados hoje pelo NOAA - o departamento oficial de clima dos Estados Unidos.
As chuvas continuam comprometendo os trabalhos de campo no Corn Belt dá suporte às cotações em Chicago, porém, o impacto ainda é limitado. Paralelamente, segue também a significativa participação dos fundos de investimento em um 'briga' entre os que possuem suas posições compradas ou vendidas.
USDA - Exportações Semanais
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou seu relatório semanal de vendas para exportação nesta quinta-feira (11). Os dados mostram que as operações com a soja tanto da safra velha como da nova aumentaram, bem como aconteceu no farelo e no milho.
Na semana que terminou em 4 de junho, as vendas de soja dos EUA somaram 554,3 mil toneladas, contra 477,3 mil da semana anterior e acima das expectativas de 270 mil do mercado. Foram 165 mil toneladas da safra velha e mais 389,3 mil da nova. Assim, o volume de soja já comprometido pelos EUA para exportações é de 50.263,2 milhões de toneladas, ou seja, 2% maior do que a última projeção do USDA para as vendas de todo o ano comercial - que se encerra em 31 de agosto somente - de 49,26 milhões de toneladas.
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