Soja: Preços tentam sustentar altas em Chicago e encontram forte suporte no mercado do óleo
O mercado internacional da soja, nesta terça-feira (5), ainda caminha de lado, porém, busca sustentar algumas leves altas depois do rally registrado no pregão anterior. Assim, as posições mais negociadas, por volta de 12h50 (horário de Brasília), subiam entre 2,75 e 6 pontos, com o contrato maio/15 - que sai dos negócios nos próximos dias - valendo US$ 9,89, enquanto o seguinte - julho/15 - era cotado a US$ 9,79 por bushel.
Segundo explicam analistas, o mercado ainda trabalha com alguma falta de direcionamento, porém, vem sendo beneficiado pelas boas expectativas sobre a demanda internacional pela oleaginosa e, ao mesmo tempo, os produtores ainda um tanto reticentes em entregar seu produto nos atuais patamares de preços.
"Há um sentimento de que as exportações de soja estão ainda mais fortes, aumentando a demanda por grãos norte-americanos", relata o analista internacional Alan Brugler, da Brugler Marketing & Managemente ao portal Agriculture.com.
Analistas internacionais atribuem as últimas altas também ao rally dos preços do óleo de soja no mercado futuro norte-americano. Há no mercado, inclusive, boatos de uma grande compra chinesa de óleo de soja do Brasil, de acordo ainda com informações do Agriculture.com. Na sessão desta terça, os principais vencimentos do óleo subiam mais de 0,60 pontos e, na anterior, as cotações encerraram o dia com mais de 3% de alta.
"Temos ouvido que a China aumentou seu apetite por óleo de soje e isso deu força ao mercado também de grãos", disse o corretor da Risk Management Associates, Bill Gentry à agência internacional Reuters.
Assim, o mercado trabalha ainda com informações de margens positivas de esmagamento de soja na China e, consequentemente, compras crescentes, não só nos Estados Unidos, como também na Argentina e no Brasil. Dessa forma, os preços do derivado estão disparando na nação asiática e já subiram 11% desde o último dia 10 de abril, segundo levantamento do SIM Consult.
Como explica Liones Severo, consultor de mercado do SIMConsult, todas as operações de exportações no complexo soja global apresentam forte expansão do consumo, capaz de reduzir drasticamente os estoques de soja estimados para este ano safra.
No Brasil, as exportações de farelo de soja somaram, em abril, 1,28 milhões de toneladas, elevando o total do primeiro trimestre a 3,52 milhões de toneladas, ou seja, 28,5% acima do registrado no mesmo período do ano anterior. Já as vendas de óleo de soja foram de 160 mil toneladas no último mês, de 301 mil nos primeiros três meses do ano, com um alta de 5,6% se comparada ao mesmo período de 2014.
Na Argentina, as vendas de farelo de soja já somam 4,5 milhões de toneladas somente nos dois primeiros meses deste ano e apresentam, portanto, 24% de alta contra o mesmo período do ano passado. Sobre o óleo de soja, o aumento em relação ao primeiro bimestre desse ano e o de 2014 é de 17%. Nos EUA, há um aumento de 12% nas exportações de farelo.
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