Soja volta a subir em Chicago nesta 4ª e primeiros vencimentos superam US$ 9,80
O mercado internacional da soja iniciou o dia registrando pouca movimentação e até ligeiras baixas, porém, já no início da tarde, voltou a operar em campo positivo e com boas altas na Bolsa de Chicago. Por volta de 12h50 (horário de Brasília) desta quarta-feira (29), os principais vencimentos subiam mais de 6 pontos. E assim, os contratos maio e junho/15 já batem em US$ 9,85 por bushel.
Para alguns analistas internacionais, além de uma recuperação do mercado e do ainda presente movimento de cobertura de posições por parte dos fundos de investimentos, as novidades vindas do quadro da demanda - com os dois anúncios de vendas feitas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no início da semana - também incentivam essa alta das cotações.
"A demanda continua firme, levando a crer que em alguma hora o USDA vai ter que aumentar seu número das exportações e reduzir as estimativas dos estoques finais norte-americanos", explica o consultor de mercado Steve Cachia, da Cerealpar. E, ao mesmo tempo, os vendedores seguem retraídos, tanto na América do Sul quanto nos Estados Unidos, e isso contribui para essa firmeza. "A comercialização está em uma fase mais devagar agora, mas dentro da realidade do mercado, nada de anormal", completa o consultor.
Paralelamente, sobre a nova safra norte-americana não há muitas novidades. Porém, ainda segundo Cachia, a melhora das condições climáticas nas principais regiões produtoras dos Estados Unidos tranquiliza um pouco o mercado, ao passo que sinaliza que não deverá haver uma transferência de área de milho para a soja por conta do tempo de plantio ainda restante como vinha sendo especulado há algumas semanas.
Complementando o cenário, há ainda o dólar registrando mais um dia de perdas frente ao real e sendo cotado, na tarde desta quarta, por volta de 13h20, a R$ 2,938, com baixa de 0,14%. O mercado financeiro trabalha à espera das novas informações vindas da reunião dessa semana do Federal Reserve (o banco central norte-americano), principalmente sobre o destino das taxas de juros no país. No Brasil, expectativas sobre a taxa Selic depois da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).
"Não deverá haver alteração na taxa de juros (nos EUA). Entretanto, há uma grande expectativa em torno do comunicado final da reunião, sempre na busca de sinais relativos ao início do ciclo de aperto monetário", escreveu o operador da corretora Correparti Ricardo Gomes da Silva em nota a clientes reportada pelo G1.
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