Soja segue trabalhando com estabilidade em Chicago nesta 4ª à espera de novidades
Nesta quarta-feira (22), o mercado internacional da soja ainda opera com estabilidade e movimentações limitadas na Bolsa de Chicago. Por volta das 8h40 (horário de Brasília), as cotações da oleaginosa perdiam entre 0,50 e 1,25 pontos, buscando manter os US$ 9,70 entre as primeiras posições mais negociadas.
As incertezas sobre a nova safra dos EUA e o momento tradicional de especulação climática é o que tem feito com que os traders no quadro internacional mantenham seu tom mais defensivo e conservador. Nos próximos dias, o plantio da soja deve ter início e o mercado, segundo analistas, pode apresentar uma direção mais bem definida.
Paralelamente, há ainda a questão da gripe aviária nos Estados Unidos. O surto da doença está se agravando no país e trazendo ainda mais cautela aos investidores diante de preocupações sobre a demanda interna por soja e também milho podendo ser reduzida em função do abate sanitário de aves que tem sido necessário. Na sessão de ontem, de acordo com analistas internacionais, esse já foi um dos motivos de ligeira pressão sobre as cotações.
No Brasil, depois do feriado de Tiradentes, os negócios deverão ser retomados e esperam, principalmente, o andamento do dólar para apresentarem os primeiros indicativos, já que em Chicago, as referências são quase as mesmas.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
Soja interrompe sequência de altas na CBOT e fecha 3ª em baixa; gripe aviária nos EUA pressiona
Nesta terça-feira (21), o mercado da soja na Bolsa de Chicago fechou em campo negativo, recuando pela primeira vez em seis sessões. As baixas entre os principais vencimentos, porém, ainda foram bem limitadas, beirando a estabilidade. As posições mais negociadas encerraram o dia perdendo entre 1,75 e 2,75 pontos, após, ao longo dos negócios, chegar a registrar mais de 8 pontos de queda.
Segundo o analista internacional Bob Burgdorfer, do site norte-americano Farm Futures, um dos principais fatores de pressão sobre as cotações foi o agravamento da epidemia de gripe aviária nos Estados Unidos, o que pressionou, inclusive, o mercado do farelo de soja na CBOT nesta terça. A situação mais grave é no estado de Iowa.
"O alastramento da gripe aviária nos EUA provocaram vendas no mercado da soja e do milho em Chicago nesta terça-feira. A doença está nas manchetes e mais focos podem vir a aparecer", disse Burgdorfer.
Paralelamente, o bom desenvolvimento da colheita das safras da América do Sul - com a Argentina superando os 30% - também pesaram sobre o mercado, bem como um movimento de realização de lucros observado após sessões consecutivas de alta no mercado da oleaginosa.
Além disso, há ainda a expectativa dos traders sobre o início da nova safra norte-americana e também sobre o comportamento do clima nos país e como ele impactará sobre as lavouras e, principalmente, sobre o caminhar dos preços. "O mercado tenta trabalhar antecipando essas notícias, porém, o impacto efetivo deverá ser registrado mais para frente. Ainda é muito cedo", explica Glauco Monte, analista de mercado da FCStone.
Enquanto isso, outras notícias pontuais trazem movimentações limitadas para as cotações, como as notícias sobre os estímulos da economia da China e novidades sobre a demanda internacional.
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