Chicago: Mercado da soja caminha de lado e busca manter estabilidade nesta 5ª feira
O mercado internacional da soja opera com estabilidade na sessão desta quinta-feira (16) na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa, por volta das 13h50 (horário de Brasília), perdiam pouco mais de 4 pontos entre os principais vencimentos, com as cotações buscando manter o patamar dos US$ 9,60 por bushel. Porém, na sequência, perto das 14h, as posições mais negociadas já apresentavam alguma rápida recuperação
Segundo explicou o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consuting, "o dia hoje é de busca por lucros". Com um comportamento técnico e depois de dois dias consecutivos de altas significativas, o mercado passa agora por um pontual e leve movimento de realização de lucros.
Paralelamente, o clima nos Estados Unidos para a safra 2015/16 segue no foco dos investidores. Até o momento, as condições climáticas são favoráveis tanto para o início do plantio da soja, quanto para a continuidade dos trabalhos com o milho, que já tinha 2% da área cultivada até o último domingo (12).
"A melhora dos níveis de umidade no solo do Meio-Oeste americano devem dar às safras um bom início, principalmente de desenvolvimento, depois que o plantio estiver concluído", disse o analista de mercado do site internacional Farm Futures, Bob Burgdorfer.
Na outra ponta, há ainda as informações sobre a demanda, que segue forte, principalmente por parte da China, com previsão de que importem em junho e julho 8 milhões de toneladas em cada um desses meses, segundo o analista de mercado Vinícius Ito, da Jefferies Corretora, de Nova York.
Para Brandalizze, as compras da China neste ano poderiam passar de 77 milhões de toneladas, número acima dos 74 milhões estimados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). "Os chineses já compraram 36 milhões de toneladas de soja nos Estados Unidos e agora estão se voltando de forma agressiva para a América do Sul. Mas, os compradores enfrentam dificuldades na Argentina, onde os produtores estão ainda mais reticentes em vender diantes das incertezas políticas do país. Eles vão segurar o máximo possível", explicou o consultor.
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