Soja tem mais uma sessão positiva em Chicago e fecha a 3ª feira subindo mais de 1%
De um pregão de estabilidade para fechar o dia com altas de dois dígitos nos primeiros vencimentos na Bolsa de Chicago, os futuros da soja encerraram os negócios em alta pela segunda sessão consecutiva nesta terça-feira (6). As posições mais negociadas registraram ganhos de 8,75 a 12 pontos e o contrato maio/15, referência para a safra brasileira, ficou cotado em US$ 10,61 por bushel.
O mercado foi, ao longo do dia, ampliando e firmando seus ganhos, e os preços voltaram a tentar se consolidar entre os US$ 10,50 e US$ 10,60 nos principais contratos e, mais uma vez, foram motivados pela cotinuidade de uma recuperação técnica, de boas notícias vindas da demanda e por ganhos registrados ainda no mercado do trigo.
Os futuros do cereal durante toda a sessão operaram com altas significativas na CBOT, motivados, principalmente, pelo frio excessivo comprometendo a nova safra de inverno dos Estados Unidos. "O mercado segurou ganhos de dois dígitos até por volta de 16h (horário de Brasília), com temperaturas abaixo de zero comprometendo o bom desenvolvimento da safra no Meio-Oeste americano", disse o analista de mercado e editor sênior do site norte-americano Farm Futures, Bob Burgdorfer.
Ainda sobre a soja, o mercado observou, nesta terça-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciando uma segunda venda de soja para a China somente esta semana, embora tratando-se de um volume para a temporada 2015/16. Foram 243 mil toneladas de soja em grão, depois das 223 mil da safra 2014/15 anunciadas nesta segunda (5).
Segundo explicam analistas e consultores de mercado, são operações como esta que mostram que a demanda mundial pela oleaginosa ainda se mostra forte, aquecida e crescente, dando suporte às cotações no mercado internacional. Paralalemente, explicam ainda que o consumo da soja norte-americana continua crescente e registrando volumes recordes, tanto nas vendas para exportação, quanto para o esmagamento internamente. Tanto as vendas para exportação quanto os embarques norte-americanos de soja já registram um nível bem mais alto do que o do ano comercial 2013/14.
Se de um lado há boas informações vindas da demanda, na oferta, as expectativas de uma grande safra na América do Sul e, para alguns analistas e consultores, esse poderia ser um fator de limitação de avanço para as cotações.
Com esse quadro, para Flávio França, consultor de mercado da França Junior Consultoria, "há duas barreiras muito bem delineadas no mercado, uma dela dos US$ 10,00 no suporte e outra de US$ 11,00 na resistência", o que motiva uma movimentação mais técnica das cotações quando as mesmas se aproximam desses dois níveis, o que justifica uma movimentação mais técnica do mercado.
Mercado Interno - No mercado interno, com os ganhos de mais de 1% da soja em Chicago e um dólar ainda na casa dos R$ 2,70, apesar da queda registrada nesta terça-feira, os preços apresentaram alguma elevação no interior do país e permaneceram estáveis nos portos.
Em Não-Me-Toque/RS, o preço da soja foi a R$ 60,00 por saca, com alta de 0,84%, em Ubiratã e Cascavel, ambas as praças no Paraná, ganho de R$ 1,72% para R$ 59,00. Já no porto de Paranaguá, o preço da soja com entrega em abril ficou em R$ 65,50, enquanto o produto com entrega maio/15 em Rio Grande fechou o dia ainda estável em R$ 66,50. Já a soja disponível fechou os negócios com R$ 68,50.
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