Grãos: mercado opera sem força em Chicago nesta 4ª feira
Nesta quarta-feira (13), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam com movimentações leves e sem um direcionamento muito definido. Por volta das 7h40 (horário de Brasília), os preços registravam ligeiros ganhos. Milho e trigo operavam também próximos da estabilidade.
Segundo analistas, o mercado deverá se manter pressionado até o próximo dia 15, quando o vencimento novembro/13 encerra seus negócios, fazendo com que os investidores se reposicionem e esse movimento poderá trazer alguma volatilidade às negociações. Em seguida, ainda de acordo com analistas, os fundamentos deverão se sobressair, voltando a dar força às cotações, principalmente da soja, uma vez que seguem positivos com a ajustada relação entre a oferta e a demanda.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira (12):
Com demanda e alta do farelo, soja fecha com alta de dois dígitos
A soja operou durante todo o dia do lado positivo da tabela e fechou a sessão regular desta terça-feira (12) com altas de dois dígitos na Bolsa de Chicago. O vencimento janeiro/14, o mais negociado nesse momento, encerrou o dia valendo US$ 13,14 por bushel, subindo 13,50 pontos. As demais posições terminaram com ganhos de 11,25 a 14,75 pontos.
O mercado internacional da oleaginosa se apoiou na demanda mundial extremamente aquecida pelo produto norte-americano, mas também nas altas registradas pelo mercado do farelo de soja, que encerrou com bons ganhos para os contratos mais negociados em Chicago, após operar boa parte do pregão em campo misto.
Entretanto, analistas afirmam que o mercado deverá ficar pressionado até o próximo dia 15, quando se encerram os negócios para o contrato novembro, o que exigirá um reposicionamento dos investidores, trazendo volatilidade. Depois disso, o mercado voltará, ainda de acordo com analistas, seus olhos para os fundamentos e devem iniciar uma trajetória de ganhos para os preços da soja em Chicago.
A relação entre a oferta e o consumo segue muito apertada e nem mesmo a revisão para cima da safra norte-americana feita pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na última sexta-feira (8) será suficiente para amenizar o déficit de oferta que poderá ser registrado nos Estados Unidos. Para alguns analistas, esse déficit já poderia ser visto na virada do ano, uma vez que as exportações dos EUA acontecem em ritmo e volume recorde.
"Nós já temos mais de 84% da soja americana comprometida em relação ao que o USDA estimou no último relatório e nem fechamos o ano de 2013 ainda. Então, nós temos muito tempo até o fechamento da temporada e já temos uma boa parte da soja comprometida", explica Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest.
Nesse momento, ainda de acordo com Vanin, a oleaginosa norte-americana é mais economicamente viável do que a brasileira, por exemplo, que conta com prêmios bastante elevados para exportação, diante de um período de entressafra e pouca volume no mercado disponível, o qual é disputado com a demanda interna.
Nesta terça, o USDA divulgou seu boletim de inspeções de exportações com números bastante altos para os embarques de soja. De acordo com o reporte, Os embarques de soja dos Estados Unidos, na semana que terminou no dia 7 de novembro, ficaram em 2,169 milhões de toneladas, contra 2,190 da semana anterior. No ano passado, nesse mesmo período, os embarques somaram 1.759,78 milhão de toneladas. No acumulado do ano safra, os embarques já somam 11,379.96 milhões de toneladas, enquanto na temporada anterior esse número era de 11.861,27 milhões.
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