Soja fecha semana no vermelho com boas expectativas para EUA e América do Sul

Publicado em 01/11/2013 16:32

A soja recuou nesta sexta-feira (1) e encerrou o último pregão da semana com perdas de dois dígitos na Bolsa de Chicago. Frente ao final de semana e à espera de informações importantes, principalmente sobre a safra dos Estados Unidos, nos próximos dias, a baixa dos preços foi ainda mais acentuada. 

Segundo o analista de mercado Carlos Cogo, da Consultoria Agroeconômica, os futuros da oleaginosa foram pressionados pelas expectativas de uma safra maior vinda dos EUA. Nesta sexta, a consultoria Informa Economics aumentou sua estimativa para a produção norte-americana de soja de 86,44 milhões para 89,76 milhões de toneladas. 

Além disso, há ainda relatos de que a produtividade em importantes estados produtores  dos EUA estaria sendo registrada em índices maiores do que os anteriormente previstos. Essa informação, aliada à evolução da colheita no país também contribuíram para dar o tom negativo ao mercado em Chicago. Nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza seus números de acompanhamento de safra, com as condições das lavouras e o andamento da colheita dos grãos, números que devem também exercer influência no mercado. 

Ainda na próxima semana, no dia 8 de novembro, o USDA traz seu novo relatório de oferta e demanda mensal, o qual é aguardado com muita ansiedade pelos investidores. O sentimento do mercado, segundo analistas, é de que os números a serem divulgados fiquem acima das estimativas de setembro, quando foi divulgado o último reporte. Serão conhecidos não só os números de produção, mas também de produtividade, estoques e demanda, que são aguardados após o departamento não ter reportado seu relatório de outubro em função da paralisação do governo norte-americano. 

Paralelamente, informações sobre a evolução da nova safra da América do Sul também pesaram sobre as cotações nesta sexta-feira. No Brasil, o plantio, em linhas gerais, caminha bem e as condições climáticas têm sido favoráveis na maior parte dos estados produtores. Já na Argentina, as chuvas fortes que começaram a chegar em importantes regiões de produção agrícola do país também melhoraram as expectativas para o plantio dos  grãos. 

Porém, os olhos do mercado também estão voltados para a demanda extremamente aquecida que se mantém, principalmente por parte da China, pelos produtos norte-americanos - soja em grão, farelo e óleo. Nesta sexta, o USDA anunciou a venda de 115 mil toneladas de soja para a China e mais 33 mil toneladas de óleo para destinos desconhecidos, confirmando essa intensa procura do mercado internacional. Além disso, ontem o departamento norte-americano informou ainda que as exportações de soja acumuladas nas semanas que terminaram em 10, 17 e 24 de outubro somaram mais de 4,7 milhões de toneladas. 

Dessa forma, ainda de acordo com Carlos Cogo, essas informações que confirmam a demanda mundial ainda muito aquecida é o que tem sustentado os preços da soja no mercado de Chicago, ou limitado seu potencial de baixa. 

Veja como ficaram as cotações dos grãos no fechamento desta sexta-feira:

>> SOJA

>> MILHO

>> TRIGO

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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2 comentários

  • Egidio vansett Santa Izabel do Oeste - PR

    Se nos dados anteriormente comentado neste site que os usa ja tinha vendido 70%da previsão de venda da safra atual e se a bolsa de chicago não negocia produtos de outras nacoes, como ha esfriamento de mercado se não ha nada que garanta novas producão no momento? Se voce precisa-se de soja voce acha que os dados desse analista de mercados e validos; ou não passa de comentarios bem fanta... não consigo ver logica na previsão da nossa safra

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  • Liones Severo Porto Alegre - RS

    Quando conveniente diz-se que a Bolsa de Chicago, na sua essência representa o mercado norte-americano, o que é verdadeiro. Então, a oferta de soja norte-americana promete um novo período de escassez logo a seguir pelo elevado comprometimento já destinado. Uma das medidas mais fundamentais de definição de mercado, resulta do cálculo que se a soma da destinação da soja superar 31% durante os meses de outubro a dezembro, indica que o mercado é fundamentalmente ALTISTA. Este cálculo ainda não está definido, mas estima-se que o percentual será ao redor de 45%, ou recorde de todos os tempos....

    Agora dizem que os preços da Bolsa de Chicago são pressionados pelas condições favoráveis de plantio na América do Sul, ou seja, que os fundos de investimentos irão vender contratos na Bolsa e se for preciso recorrer às entregas físicas na Bolsa, o farão com soja brasileira ? IMPOSSÍVEL. Se assim o fosse, quando acontece um problema de clima durante o desenvolvimento da safra sul-americana, os preços na Bolsa teriam forte reação e impacto imediato. Mas isso não acontece, logo a afirmação é falsa. Infelizmente a cultura de mercado brasileiro tem estado distante dos principais fatores históricos e fundamentais que definem a direção dos preços. Sempre distantes do cerne da questão, assim como nossos políticos, ou não ?

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