Produtores rurais participam de audiência pública para debater invasões indígenas
Cerca de 370 produtores rurais participam na manhã desta segunda-feira (06), a partir das 10h, de uma audiência pública na Assembleia Legislativa para debater as invasões de propriedades por indígenas em Mato Grosso do Sul. Os produtores virão em caravanas organizadas pela Famasul - Federação da Agricultura e Pecuária de MS de diversos municípios, em especial aqueles que enfrentam o problema dos conflitos fundiários.
A audiência foi solicitada pelos deputados estaduais Mara Caseiro (PTdoB), Zé Teixeira (DEM), Paulo Corrêa (PR), Antonieta Amorim (PMDB) e Eduardo Rocha (PMDB) após pedido feito pelos produtores rurais durante a reunião ocorrida no dia 29 de junho, na sede da Assomasul - Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul, para tratar do mesmo tema.
De acordo com os dados da Famasul, atualmente o Estado tem 88 propriedades rurais invadidas por indígenas. Deste total, três foram invadidas nas últimas semanas. "É cada vez mais urgente que sejam tomadas medidas definitivas para solução deste problema que há anos gera violência e insegurança no campo. A sociedade muitas vezes não percebe que o produtor sofre a violência dentro da sua casa injustamente, porque todas as propriedades invadidas têm documentação legal e reconhecida pelos órgãos públicos", ressalta o presidente da Federação, Nilton Pickler.
Segundo o presidente da Famasul, a instituição busca a pacificação e os meios legais para a retomada da posse das propriedades invadidas. "A federação tem atuado no sentido de orientar os produtores a buscar a Justiça e sempre evitar a violência".
Durante o encontro na Assomasul, Mara Caseiro disse que as invasões são uma ação orquestrada para acabar com o setor produtivo no País. “Me causa indignação ver as pessoas terem que sair de suas casas, vendo suas propriedades invadidas sem nada poderem fazer.
Me causa desespero saber quer as propriedades estão sendo depredadas, que as lavouras e insumos e estão sendo destruídos, e ninguém faz nada. Rasgam a Constituição brasileira e fica tudo por isso mesmo”, disparou.
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