Dólar fecha a R$ 1,82; Bovespa sofre queda de 1,65%
O cenário internacional continua a pressionar os preços da moeda americana, que subiram pelo segundo dia nesta terça-feira, sob impacto das más notícias vindas da zona do euro. A expectativa pelo discurso de Ben Bernanke (titular do banco central americano) também agrega nervosismo ao ambiente de negócios.
No encerramento das operações de hoje, o dólar comercial foi trocado por R$ 1,827, o que representa um avanço de 0,88% sobre a cotação final de segunda. Os agentes financeiros negociaram a moeda entre o pico de R$ 1,831 e o valor mínimo de R$ 1,814. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi vendido por R$ 1,940, em alta de 1,04%.
Ainda aberta, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera com perdas de 1,65%, aos 66.073 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,78 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 0,85%.
Logo pela manhã, o mercado já reagiu mal aos indicadores das principais economias da zona do euro. Na Alemanha, uma sondagem revelou que os empresários locais estão mais pessimistas; na França, o nível de gastos dos consumidores sofreram sua pior contração em dois anos. Para piorar, os EUA também revelaram dados desanimadores: a confiança dos consumidores locais piorou além das expectativas do mercado.
"Nós sabemos que, na verdade, o problema não é só a Grécia, o problema é com a União Europeia, é com o euro. O mercado levou o euro a US$ 1,5 desconsiderando um monte de questões, que já vem lá de trás", comenta Ideaki Iha, profissional da corretora de câmbio Fair. Para o analistas, a taxa de câmbio deve continuar oscilando entre R$ 1,80 e R$ 1,85 pelos próximos dias, mas não descarta uma aproximação a R$ 1,90 em momentos de maior nervosismo com a situação na Europa ou mesmo, China.
Entre outras notícias importantes do dia, o Banco Central revelou que o país teve deficit de US$ 3,8 bilhões em suas transações externas no mês de janeiro. O governo projetou uma melhora na contas externas a partir deste mês, com a entrada prevista de US$ 2,7 bilhões em investimentos estrangeiros no período.
Juros futuros
O mercado futuro de juros, que serve de referência para os juros bancários, projetou taxas maiores nos contratos de prazo mais longo.
o IBGE apontou inflação de 0,94% em fevereiro, ante 0,52% em janeiro, pela leitura do IPCA-15, visto como uma prévia do índice oficial de inflação. A variação ficou acima das expectativas de bancos e corretoras (0,90%).
No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista recuou de 9,86% ao ano para 9,85%; no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada passou de 10,35% para 10,36%. Esses números ainda são preliminares e podem sofrer ajustes.
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