Dólar fecha a R$ 1,78; Bovespa tem dia instável
A mercado de câmbio doméstico testou mais uma vez o patamar de R$ 1,80, no último dia de uma das semanas mais nervosas de dezembro. A queda somente ocorreu já perto do final do expediente. Corretores entendem que a moeda americana deve passar por alguma pressão de alta no curto prazo, provavelmente entrando em 2010 no patamar acima.
Dessa forma, o dólar comercial foi vendido por R$ 1,783, em baixa de 0,44%, nas últimas operações registradas nesta sexta-feira. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,801 e R$ 1,779. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,890, em baixa de 0,52%.
E na jornada de hoje, o euro chegou a cair abaixo de US$ 1,43 pela primeira vez desde setembro, sinalizando mais uma vez a preocupação dos agentes financeiros com a economia europeia.
Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) tem leve alta de 0,07%, aos 67.113 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,34 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,12%.
Uma das notícias que mais azedaram o humor do mercado, depois do estresse com Dubai, foi o rebaixamento do "rating" (nota de risco de crédito) da Grécia, o que de certa forma lançou uma "sombra" sobre as demais economias, também às voltas com problemas fiscais.
Durante a semana, outro fator de nervosismo foi a constatação de que a autoridade monetária vai retirar alguns dos estímulos concedidos aos agentes financeiros no auge da crise de 2008. A perspectiva de que os juros americanos devem sair do "chão" em algum momento de 2010 tem preocupado há meses o mercado mundial. Essa preocupação ganhou reforço com a decisão do Federal Reserve (banco central dos EUA), que mostrou um tom mais otimista sobre a maior economia do planeta, mas sem sinalizar um ajuste dos juros.
Juros futuros
O mercado de juros futuros, que sinaliza o custo do dinheiro para os bancos, rebaixou mais uma vez as taxas projetadas nos contratos de prazo mais longo.
No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista caiu de 9,81% ao ano para 9,79%, enquanto no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada cedeu de 10,40% para 10,36%. Esses números ainda são preliminares e podem sofrer ajustes.
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