Ibovespa perde fôlego e recua em dia vencimento de opções

Publicado em 18/10/2024 11:35 e atualizado em 18/10/2024 14:55

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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa perdeu o fôlego e recuava nesta sexta-feira, pressionado pela alta na taxas dos contratos de DI, em pregão também marcado por noticiário intenso na China e vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista.

Por volta de 11h20, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,44%, a 130.220,15 pontos, após marcar 131.724,66 pontos na máxima e chegar a 130.121,08 pontos na mínima até o momento. O volume financeiro somava 4,55 bilhões de reais.

Na visão da equipe da Ágora Investimentos, as notícias da China surpreenderam o mercado de maneira positiva, mas ruídos no fronte fiscal no Brasil continuam adicionando prêmios na curva de juros, afetando negativamente o apetite dos investidores.

Na China, o crescimento do PIB no terceiro trimestre desacelerou em relação ao segundo trimestre, para 4,6%, mas ficou um pouco acima da previsão de economistas 4,5%.

Dados sobre as vendas no varejo e a produção industrial na segunda maior economia do mundo em setembro também ficaram acima do esperado, enquanto o banco central deu início a esquemas para injetar 112 bilhões de dólares naquele mercado de ações.

As bolsas chinesas fecharam em alta, mas, entre as commodities, o contrato futuro do minério de ferro mais negociado em Dalian, fechou em queda de 1,55%. O petróleo também tinha uma sessão negativa.

Em Wall Street, os índices acionários abriram sem uma tendência única, com o Dow Jones em queda após registrar recorde na véspera, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq trabalhavam no território positivo.

O rendimento dos títulos do Tesouro norte-americano também mostravam um certo alívio, com o yield do Treasury de 10 anos marcando 4,073%, de 4,096% na véspera, o que corroborava o clima mais positivo na bolsa paulista.

Do ponto de vista gráfico, de acordo com o analista Gilberto Coelho, da XP, a queda do Ibovespa na véspera combinada com volume bem reduzido aumenta a indefinição de curto prazo.

"Um fechamento acima dos 132.250 (pontos_) traria de volta o sinal de alta, reforçado pela média de 200 dias com projeções nos 134.700 ou 137.500 em topo histórico. Abaixo do suporte nos 129.300 teria sinal de baixa mirando os 125.000 ou 123.000."

 

DESTAQUES

- PETROBRAS PN cedia 0,95%, em meio ao declínio dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent cedia 1,53%. PETROBRAS ON perdia 0,74%.

- WEG ON recuava 2,21%, na segunda queda seguida após renovar máxima histórica na quarta-feira. Analistas do Itaú BBA citaram que indicadores antecedentes sobre a receita motores de baixa, média e alta tensão sugeriram uma demanda morna, enquanto em custos, o cobre e o alumínio mostraram uma tendência de alta, mas que continuam a ver uma condições favoráveis para a empresa.

- MARFRIG ON saltava 5,32%, capitaneando os ganhos no setor endossada por relatório do Goldman Sachs, que iniciou a cobertura das ações com recomendação de compra e preço-alvo de 18,10 reais, um upside potencial de quase 32% ante a cotação de fechamento da véspera. MINERVA ON subia 2,02% e BRF ON ganhava 1,93%, enquanto JBS ON cedia 0,38%.

- VALE ON cedia 0,16%, após avançar mais de 1% na máxima nos primeiros negócios, descolando o sinal positivo do setor de siderurgia, onde CSN ON mostrava alta de 1,37%, USIMINAS PNA ganhava 1,81%, GERDAU PN subia 1,1%. CSN MINERAÇÃO ON também arrefeceu e caía 0,34%.

- ASSAÍ ON subia 0,57%, após reduzir pela metade sua projeção de abertura de lojas em 2025, de 20 para aproximadamente 10 novas lojas. "Com o objetivo de acelerar o processo de redução da alavancagem financeira, a companhia decidiu postergar determinados projetos de novas lojas originalmente previstos para 2025", afirmou na véspera.

- BRADESCO PN perdia 0,39%, com os bancos do Ibovespa passando a operar no vermelho acompanhando a piora no pregão. ITAÚ UNIBANCO PN mostrava variação negativa de 0,06%, SANTANDER BRASIL UNIT cedia 0,7% e BANCO DO BRASIL ON mostrava decréscimo de 0,11%.

- RD ON caía 2,29%, no segundo dia seguido no vermelho, após uma começo de semana mais positivo, tendo acumulado alta de quase 5% até a quarta-feira. Investidores também continuam especulando sobre o efeito para a rede de drogarias de um potencial reajuste para baixo nos preços de medicamentos em 2025.

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Fonte:
Reuters

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