Minério de ferro tem sessão volátil conforme frenesi de estímulos da China desaparece
Por Amy Lv e Colleen Howe
PEQUIM (Reuters) - Os preços dos contratos futuros de minério de ferro passaram por uma montanha-russa nesta terça-feira conforme alguns investidores desfaziam posições compradas para garantir lucros, com alguns analistas dizendo que a China não correspondeu às expectativas de revelar medidas de estímulo mais vigorosas em uma coletiva de imprensa.
O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou a sessão do dia com queda de 2,37%, a 783,5 iuanes (111,15 dólares) a tonelada.
No início da sessão, o contrato atingiu o maior valor desde 8 de julho, a 844,5 iuanes por tonelada, impulsionado por esperanças de mais estímulos.
O minério de ferro de referência para novembro na Bolsa de Cingapura caiu 4,97%, para 105,25 dólares a tonelada, o menor valor desde 30 de setembro. Mais cedo, o contrato alcançou uma máxima desde 3 de junho, de 115 dólares por tonelada. O ativo tinha registrado alta de 2,5% enquanto o mercado chinês esteve fechado por causa de um feriado.
A China está "totalmente confiante" em atingir suas metas econômicas para o ano inteiro, disse o planejador estatal em uma coletiva de imprensa em Pequim nesta terça-feira.
"A tão esperada conferência desta manhã não conseguiu dar o sinal esperado de mais estímulos fortes", disse Pei Hao, analista da corretora internacional Freight Investor Services.
"Portanto, alguns (traders) liquidaram parte das posições compradas para obter lucro."
Uma série de políticas de flexibilização monetária e estímulos imobiliários na segunda maior economia do mundo nas últimas duas semanas fez com que os preços do principal ingrediente da siderurgia saltassem mais de 20%.
As vendas de imóveis residenciais na China aumentaram durante o feriado do Dia Nacional, após uma série de medidas para impulsionar o mercado imobiliário local desde o final de setembro, informou a mídia estatal no sábado.
Além disso, também pesou sobre o sentimento geral o pedido de órgãos reguladores chineses para que as instituições financeiras fortaleçam controles internos de alavancagem e evitem que empréstimos bancários entrem ilegalmente no mercado de ações.
(Reportagem de Amy Lv e Colleen Howe)
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