Vale aumenta previsão de produção de minério de ferro para 2024 e ações sobem
SÃO PAULO (Reuters) - A mineradora Vale elevou nesta quarta-feira sua previsão de produção de minério de ferro para este ano, após um primeiro semestre mais forte do que o esperado, fazendo com que suas ações subissem.
A empresa, uma das maiores produtoras de minério de ferro do mundo, afirmou em um comunicado ao mercado que agora espera uma produção entre 323 milhões e 330 milhões de toneladas métricas em 2024, elevando a previsão anterior de 310 milhões a 320 milhões.
A mudança ocorre depois que a gigante da mineração disse, no início deste ano, que estava confiante em atingir o limite superior da meta anterior, já que, no início de 2024, a produção ficou acima de suas próprias expectativas.
"Estimamos que as mudanças no guidance de produção aumentarão as expectativas de consenso do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para o ano inteiro em 4%", disseram os analistas do RBC.
"A Vale continua sendo nossa exposição preferencial ao espaço do minério de ferro."
As ações da mineradora negociadas no Brasil subiram cerca de 2% na quarta-feira, também impulsionadas pelos preços globais mais altos do minério de ferro, tornando-a uma das maiores ganhadoras no Ibovespa.
A Vale disse em uma apresentação que, embora tenha planejado produzir 144 milhões de toneladas de minério de ferro no primeiro semestre, a produção totalizou 151 milhões de toneladas. A empresa citou a maior estabilidade operacional e otimização de processos entre as razões para o bom desempenho.
"Esse aumento do guidance é uma confirmação de confiança", disse o analista da Wood Mackenzie, Artur Bontempo, apesar de dizer que a produção mais alta da Vale provavelmente trará pressão adicional sobre o mercado de minério de ferro já "mal-humorado".
Os participantes do mercado expressaram preocupações sobre a perspectiva de demanda vacilante e a recuperação econômica da China, principal consumidora, o que levou os preços a caírem no acumulado do ano. A Vale, no entanto, vê um mercado "equilibrado" em 2024 e 2025.
As margens este ano foram positivas em todas as operações, apesar da pressão sobre os preços, disse a empresa.
A empresa brasileira reduziu ligeiramente sua previsão de produção de níquel em 2024 para entre 153.000 e 168.000 toneladas, de 160.000 a 175.000, um movimento que, segundo ela, reflete um desinvestimento parcial da Vale Indonésia concluído em julho.
Os custos de produção de níquel e cobre este ano deverão, no entanto, ser menores do que o inicialmente previsto, disse a empresa.
(Reportagem de Gabriel Araujo e Letícia Fucuchima; reportagem adicional de Marta Nogueira em Belo Horizonte)
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