Mercado eleva expectativas para a inflação em 2024 e 2025 no Focus

Publicado em 29/07/2024 09:05

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SÃO PAULO (Reuters) - Analistas consultados pelo Banco Central elevaram a expectativa para a alta do IPCA ao fim deste ano e do próximo, assim como também subiram a previsão de crescimento da economia nos dois períodos, de acordo com a mais recente pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que o IPCA agora deve fechar este ano com alta de 4,10%, ante avanço de 4,05% na semana anterior. Em 2025, a projeção é de que o índice chegue a uma alta de 3,96%, de 3,90% anteriormente.

O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

O resultado vem depois da divulgação de dados do IPCA-15 para julho na semana passada. O indicador, apesar de ter desacelerado em relação ao mês anterior, subiu mais do que o esperado na base mensal, 0,30%, com a taxa em 12 meses se aproximando do teto da meta de inflação em 4,45%.

Tanto os números do IPCA-15 quanto as expectativas de inflação do Focus desta semana estão no radar do Comitê de Política Monetária (Copom), que anunciará na quarta-feira sua decisão de política monetária.

Economistas consultados pela Reuters esperam que a Selic seja mantida em 10,50% ao ano, assim como os analistas no Focus, que pela sexta semana consecutiva mantiveram a projeção para a Selic ao fim deste ano e do próximo, em 10,50% e 9,50%, respectivamente.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a expectativa para o crescimento do PIB neste ano subiu a 2,19%, de 2,15% há uma semana. Para o próximo ano, houve uma melhora ligeira, com a taxa de expansão agora calculada em 1,94, de 1,93% antes.

Houve manutenção também na expectativa para o dólar em 2024, projetado para encerrar o ano em 5,30 reais. Segundo o Focus, a divisa norte-americana fechará 2025 em 5,25 reais, em leve alta sobre os 5,23 reais previstos na semana anterior.

(Por Fernando Cardoso)

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Fonte:
Reuters

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