Rússia diz que terá conversações com Turquia sobre alternativa ao acordo do Mar Negro

Publicado em 30/08/2023 14:10 e atualizado em 30/08/2023 17:10

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(Reuters) - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e o chanceler turco, Hakan Fidan, discutirão uma proposta de Moscou para uma alternativa ao acordo de grãos do Mar Negro quando se reunirem esta semana, disse o ministério de Lavrov nesta quarta-feira.

Segundo o plano, a Rússia enviaria 1 milhão de toneladas de cereais para a Turquia a um preço reduzido, com o apoio financeiro do Catar, para serem processados ​​na Turquia e enviados para os países mais necessitados, disse o Ministério das Relações Exteriores russo.

“Consideramos este projeto como a alternativa de trabalho ideal ao acordo do Mar Negro.”

A Rússia deixou no mês passado o acordo de um ano, mediado pela Turquia e pela Organização das Nações Unidas, que permitiu à Ucrânia exportar cereais a partir dos seus portos do Mar Negro, apesar da guerra.

Desde então, a Rússia atacou repetidamente os portos e armazéns de cereais ucranianos, o que levou a Ucrânia e o Ocidente a acusá-la de usar alimentos como arma de guerra.

A Rússia diz que deixou o acordo porque muito pouco cereal estava chegando aos países mais pobres e porque ainda enfrenta obstáculos à exportação dos seus próprios cereais e fertilizantes, uma vez que as sanções ocidentais afetam os pagamentos, os seguros e o acesso aos portos.

Fidan deverá estar em Moscou na quinta e sexta-feira para se encontrar com Lavrov, e o Kremlin disse na quarta-feira que o presidente turco, Tayyip Erdogan, também visitará a Rússia em breve.

Não ficou claro que incentivo o Catar teria para participar no acordo proposto pela Rússia, que desde o colapso do acordo do Mar Negro prometeu fornecer quantidades gratuitas de cereais a seis países africanos.

O comunicado russo disse que Lavrov irá reafirmar a posição de Moscou de que, após o colapso do acordo de grãos, consideraria todos os navios que se dirigem para a Ucrânia como potencialmente transportando carga militar.

(Reportagem de Mark Trevelyan)

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Fonte:
Reuters

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