Rebaixamento da Fitch é "totalmente injustificado" em meio à força econômica dos EUA, diz Yellen
MCLEAN, EUA (Reuters) - A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, expressou nesta quarta-feira mais objeções ao rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Fitch Ratings, chamando-o de "totalmente injustificado" porque ignorou as melhorias nas métricas de governança durante o governo Biden e a força econômica do país.
Em comentários preparados para um evento, Yellen disse que o anúncio da agência de classificação risco na terça-feira não levou em conta uma economia norte-americana resiliente, com desemprego baixo, inflação em queda, crescimento contínuo e forte inovação.
"A decisão da Fitch é intrigante à luz da força econômica que vemos nos Estados Unidos", disse Yellen. "Discordo veementemente da decisão da Fitch e acredito que seja totalmente injustificada."
Ela disse que a "avaliação falha" da Fitch é baseada em dados desatualizados e não reflete as melhorias nos indicadores de governança dos EUA nos últimos dois anos e meio do governo do presidente norte-americano Joe Biden.
Ao tomar sua decisão, a Fitch citou uma deterioração na governança dos EUA que começou durante o governo anterior de Donald Trump, de acordo com funcionários do Tesouro dos EUA.
Ao cortar a nota dos EUA de AAA para AA+, a Fitch também citou uma deterioração fiscal nos próximos três anos que aumentar os déficits e repetiu as negociações sobre o teto da dívida que ameaçam a capacidade dos EUA de pagar suas contas.
Mas Yellen disse que a responsabilidade fiscal é uma prioridade para ela e Biden, e que o acordo sobre o limite de dívida de junho que ele alcançou com os republicanos incluiu mais de 1 trilhão de dólares em redução do déficit em 10 anos.
O orçamento proposto por Biden para 2024, que inclui aumentos substanciais de impostos para indivíduos e corporações ricos, também reduzirá os déficits em 2,6 trilhões de dólares nos próximos dez anos.
(Por David Lawder)
0 comentário
Taxas futuras de juros disparam mais de 20 pontos-base em dia de alta dos yields nos EUA e IPCA no Brasil
Brasil tem fluxo cambial negativo de US$4,148 bi em setembro, diz BC
Crescimento da América Latina e Caribe deve desacelerar para 1,9% em 2024, afirma Banco Mundial
STOXX 600 fecha em alta com cortes de juros e dados dos EUA em foco
Wall St tem alta antes de ata do Fed e dados de inflação dos EUA
Presidente do Fed de Dallas pede caminho "gradual" em cortes de juros