Lira consolida bloco com 173 parlamentares, o maior da Câmara

Publicado em 12/04/2023 15:44

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Por Maria Carolina Marcello e Ricardo Brito

 

 

BRASÍLIA (Reuters) - O PP, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), o PDT, o PSB, o União Brasil, a federação PSDB-Cidadania, o Avante, o Patriota e o Solidariedade decidiram se juntar em um super bloco com 173 deputados, ultrapassando o bloco anunciado no fim de março com 142 deputados, informaram duas fontes do Congresso que acompanharam as negociações.

Os detalhes do bloco deverão ser revelados na tarde desta quarta-feira às 17h em entrevista coletiva que está sendo convocada pelo líder do União Brasil na Câmara, deputado Elmar Nascimento (BA).

Ter número na Casa --leia-se votos-- garante poder de barganha e capital político a qualquer grupo parlamentar que se constitua. Por isso mesmo, o novo blocão, assim que protocolado, deve se firmar como uma força política que não pode ser desconsiderada pelo governo, caso queira ver aprovados o projeto do arcabouço fiscal, que necessita de maioria absoluta, e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária, que precisa de ao menos 308 votos favoráveis em dois turnos de votação.

O novo super bloco a ser anunciado nesta tarde reúne partidos de variados espectros políticos --desde o PP, que sustentou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, até o PSB e o PDT, mais identificados com pautas da esquerda e aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A formação do novo bloco articulado por Lira, de quebra, agrada a parte do PP que deseja alinhar-se ao governo Lula, além de colocar o grupo parlamentar no topo da lista com preferência na definição de relatorias de matérias e presidências de comissões, disse uma das fontes.

E demonstra, de forma explícita, uma reação ao bloco com 142 deputados formado no fim de março por MDB, PSD, Podemos, PSC e o Republicanos --até então uma das siglas do chamado centrão ao lado do PL e do PP.

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Fonte:
Reuters

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