Controle do Senado dos EUA ainda é dúvida, republicanos avançam por maioria na Câmara
Por Tim Reid e Joseph Ax
PHOENIX (Reuters) - Autoridades eleitorais do Arizona e de Nevada estavam trabalhando nesta sexta-feira para contabilizar centenas de milhares de cédulas não contadas que podem determinar o controle do Senado dos Estados Unidos, um processo que autoridades dos dois estados alertam que pode se arrastar por dias.
Tanto os democratas quanto os republicanos podem conquistar a maioria no Senado por meio das disputas em ambos os estados após a votação de meio de mandato de terça-feira. Uma divisão transformaria o segundo turno da eleição do Senado em 6 de dezembro na Geórgia em uma batalha pela Casa, que domina as nomeações judiciais do presidente Joe Biden.
Na luta pela Câmara dos Deputados, os republicanos estavam cada vez mais perto de tirar o controle das mãos dos democratas de Biden. O controle da Câmara daria aos republicanos poder de veto sobre a agenda legislativa de Biden e permitiria que eles iniciassem investigações potencialmente prejudiciais em seu governo.
Os republicanos garantiram pelo menos 211 dos 218 assentos na Câmara de que precisam para obter a maioria, projetou a Edison Research na noite de quinta-feira, enquanto os democratas venceram 197. Isso deixava 27 disputas ainda a serem determinadas, incluindo várias acirradas.
O líder republicano da Câmara, Kevin McCarthy, já anunciou sua intenção de concorrer a presidente se os republicanos assumirem o controle, um resultado que ele descreveu como inevitável.
Biden disse a repórteres na quinta-feira que ele e McCarthy conversaram, mas que não abandonou a esperança de que os democratas possam prevalecer na Câmara, apesar das dificuldades.
Os democratas evitaram uma "onda vermelha" de ganhos por parte dos republicanos, que criticam Biden por causa do aumento da inflação e das taxas de criminalidade. O mandato de Biden desde que assumiu o cargo em 2021 foi marcado pelas cicatrizes econômicas da pandemia de Covid-19 após quatro anos tumultuados sob o ex-presidente Donald Trump.
Biden retratou a votação como uma luta para salvar a democracia depois que os indicados republicanos promoveram a falsa alegação de Trump de que a eleição de 2020, que Biden venceu, foi fraudulenta. Os democratas rotularam os republicanos como extremistas, apontando para a decisão da Suprema Corte de eliminar o direito nacional ao aborto.
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